quinta-feira, 10 de julho de 2014

JUSTIÇA MANDA EX-DIRETOR DA PETROBRAS EXPLICAR PORQUE INDICOU EDUARDO CAMPOS COMO TESTEMUNHA

A Justiça Federal determinou ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, que esclareça o motivo de ter arrolado nos autos da Operação Lava Jato como suas testemunhas de defesa o candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB) e o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional) do governo Dilma Rousseff (PT). A ordem é do juiz federal Sérgio Fernando Moro, da 23ª Vara Criminal Federal de Curitiba (PR), que comanda os processos da Lava Jato – investigação sobre lavagem de R$ 10 bilhões. Paulo Roberto Costa é um dos acusados. Ele está preso por suspeita de liderar esquema de corrupção na Petrobrás e de associar-se ao doleiro Alberto Youssef, também alvo da Lava Jato. O ex-diretor da Petrobrás e o doleiro são réus em ação penal por suposto desvio de recursos das obras da refinaria de Abreu e Lima no município de Ipojucá, em Pernambuco. Seus defensores negam os ilícitos a eles atribuídos pela Procuradoria da República. A defesa de Paulo Roberto Costa arrolou como testemunhas Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco (2007 até abril de 2014), e também Fernando Bezerra, candidato a senador pelo Estado. Mas o juiz Sérgio Moro quer saber o motivo de Costa ter incluído os dois políticos em sua defesa, “especificamente o que as testemunhas saberiam eventualmente sobre os fatos em apuração”. “O esclarecimento é necessário, a fim de que este Juízo possa verificar a pertinência e relevância da prova, já que, pelas circunstâncias, de difícil produção e porque pode influenciar indevidamente campanhas eleitorais, efeito que não pode ser admitido em processo judicial”, advertiu o juiz. A defesa de Paulo Roberto Costa também terá de “demonstrar a imprescindibilidade da oitiva das testemunhas no Exterior”. Alberto Youssef, por seu lado, arrolou como testemunhas o ex-presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, o ex-diretor da área internacional da estatal, Nestor Cerveró, e o diretor de Serviços da petrolífera, Renato Duque.

Nenhum comentário: