quarta-feira, 23 de julho de 2014

JUSTIÇA CONCEDE LIBERDADE PROVISÓRIA A BLACK BLOC EM SÃO PAULO

A Justiça de São Paulo concedeu liberdade provisória a um black bloc preso em flagrante durante manifestação realizada no dia 12 de junho, data da abetura da Copa do Mundo na capital paulista. O ajudante-geral, de 19 anos, é acusado de dano qualificado e formação de quadrilha e irá aguardar o julgamento em liberdade. O nome não foi divulgado porque o processo corre em segredo de Justiça. Segundo o Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic), ele foi preso quando tentava pular uma das catracas do metrô Tatuapé após participar de quebra-quebra na manifestação. Policiais civis do Deic efetuaram a prisão após o flagrado liderando um grupo que incendiou lixeiras e depredou placas de trânsito e iluminação pública; o acusado trajava uma touca preta. Em depoimento, ele confessou ser adepto da chamada "tática black bloc". De acordo com a Defensoria Pública da União, que representa o réu no processo, a soltura em caráter provisório havia sido condicionada pelo juiz ao pagamento de fiança calculada em dois salários mínimos. Diante da falta de condições do acusado para arcar com o valor, a Defensoria pediu dispensa da obrigação o que foi acatado pelo magistrado em decisão proferida nesta terça-feira. Outros três acusados de praticar atos de vandalismo em manifestações continuam presos. Nesta terça-feira, o juiz Marcelo Matias Pereira, da 10ª Vara Criminal de São Paulo, acatou a denúncia do Ministério Público contra Fábio Hideki Harano, de 26 anos, e Rafael Marques Lusvarghi, de 29, presos desde o dia 19 de junho. Os dois são réus na Justiça pelos crimes de incitação ao crime, associação criminosa, desobediência e posse de artefato explosivo – Lusvarghi também responde por resistência à prisão. O terceiro preso é João Antônio Alves de Roza, de 46 anos, acusado de dano ao patrimônio e associação criminosa por participar de depredação a uma concessionária de carros de luxo em São Paulo durante protesto contra a Copa do Mundo, em 19 de junho. Todos esses que estão sendo libertados são favorecidos pela Lei Fleury, criada na década de 70 para beneficiar o delegado Sérgio Paranhos Fleury, que comandava os famigerados Esquadrões da Morte.

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