quarta-feira, 16 de julho de 2014

EPIDEMIA DE AIDs CAI NO MUNDO, MAS CRESCE NO BRASIL

Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado nesta quarta-feira aponta que os novos casos de infecção pelo HIV e de mortes associadas à doença cresceram no Brasil nos últimos oito anos. A tendência do país é contrária à global: segundo o documento, a epidemia está em queda no mundo, e especialistas acreditam que ela possa ser controlada até 2030. Segundo o The Gap Report, feito pelo Programa Conjunto das Nações sobre HIV/Aids (Unaids), o número de novos casos de infecção pelo HIV cresceu 11% no Brasil entre 2005 e 2013, quando cerca de 42 000 pessoas contraíram o vírus no país. Em relação às mortes provocadas pela doença, esse aumento foi de 7%, chegando a cerca de 15 000 óbitos em 2013.  Estima-se que, atualmente, 752 000 pessoas vivam com o vírus da aids no Brasil. Esse número representa quase metade do total de casos na América Latina (1,6 milhão) e cerca de 2% do número de infectados no mundo (35 milhões). Na América Latina, houve uma pequena queda dos novos casos da infecção pelo HIV: de 2% entre 2005 e 2013. Em países como México, Colômbia e Venezuela, a epidemia de aids diminuiu, diferentemente do que ocorreu, além do Brasil, no Chile e no Paraguai. De acordo com a Unaids, a cada hora, dez novas infecções pelo HIV acontecem na região. Pelo menos um terço dos novos casos da doença ocorre entre jovens de 15 a 24 anos.

Mundo
Segundo o relatório da ONU, os novos casos da doença no mundo caíram 38% nos últimos doze anos – em 2013, 2,1 milhões de indivíduos foram infectados, contra 3,4 milhões em 2001. A queda global de novas infecções foi ainda mais acentuada em crianças, de 58%. Em relação ao número de mortes associadas ao HIV, houve uma queda de aproximadamente 37% de 2005 para cá. Estima-se que 1,5 milhão de pessoas no mundo tenham morrido no ano passado devido a complicações da doença. Em 2005, foram 2,4 milhões. “Há esperança de que controlar a aids é possível”, diz o comunicado divulgado pela Unaids. “A epidemia pode ter fim em todas as regiões, em todos os países, em todos os locais, em todas as populações e em todas as comunidades”, diz Michel Sidibe, diretor da Unaids. Para a Unaids, o fim da epidemia até 2030 representaria o controle da difusão do HIV e do impacto do vírus nas sociedades. (Veja)

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