terça-feira, 15 de julho de 2014

DOLEIRO ALBERTO YOUSSEF AGORA TAMBÉM É RÉU POR LAVAGEM DE DINHEIRO NO ESCÂNDALO DO MENSALÃO DO PT

A Justiça Federal do Paraná aceitou nesta terça-feira mais uma ação penal contra o doleiro Alberto Youssef, desta vez acusado de operações de lavagem de dinheiro que movimentaram pelo menos 1,16 milhão de reais distribuídos no Mensalão do PT. Operador de um megaesquema de lavagem descoberto pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, Youssef foi acusado pelo Ministério Público Federal de esconder a origem de parte do dinheiro obtido ilicitamente pelo ex-deputado federal José Janene (PP-PR), morto em 2010. A denúncia contra o doleiro foi apresentada à Justiça Federal do Paraná na última quinta-feira. Na ação, Youssef é acusado de ocultar a origem de parte dos 4,1 milhões de reais recebidos por Janene no Mensalão do PT. O esquema utilizou a empresa Dunel, de Londrina (PR). Janene virou sócio da empresa com um investimento de 1,16 milhão de reais, como se fosse um investidor interessado no crescimento do negócio. Mas a investigação constatou que o objetivo era, na verdade, encontrar um caminho para desviar recursos para empresas de fachada comandadas por Youssef e dar aparência legítima ao dinheiro recebido no Mensalão do PT . Assinam a denúncia os procuradores Deltan Dallagnol, Januário Paludo, Carlos Fernando Santos Lima, Orlando Martello Júnior e Andrey Mendonça. Além de Youssef, familiares de Janene também foram acusados e passam a responder à ação penal. A filha do ex-deputado, Danielle Janene, e o primo Meheidin Hussein Jenani, ajudavam na operação da empresa. O irmão de Janene, Assad Jannani, auxiliou na ocultação de ativos desviados da Dunel. O doleiro Carlos Habib Chater, um dos personagens da Operação Lava-Jato, também participou do esquema de lavagem de dinheiro do ex-deputado obtido da corrupção do Mensalão do PT. A investigação foi aberta em 2009, quando um sócio de Janene desconfiou do esquema. A partir deste inquérito, a Polícia Federal constatou que Youssef descumpriu acordo de delação premiada firmado com a Justiça e voltou a praticar crimes. Este foi o princípio da Operação Lava-Jato, que desvendou operações de lavagem que movimentaram cerca de 10 bilhões de reais. A polícia também constatou que o doleiro era o verdadeiro dono da corretora Bônus-Banval, uma das fontes dos recursos do Mensalão do PT. Esta é a nona ação penal aberta na Justiça como desdobramento da Operação Lava-Jato. Como os outros, o caso tramita na 13ª Vara Federal do Paraná. Os acusados vão ser julgados pelos crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa, apropriação indébita, estelionato, falsidade ideológica e uso de documento falso. Foi expedido novo mandado de prisão preventiva contra Alberto Youssef, Carlos Habib Chater e dois subordinados deles, também já detidos: Carlos Alberto Pereira da Costa e Ediel Viana da Silva. (Veja)

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