quarta-feira, 9 de julho de 2014

DISTRIBUIDORAS TERÃO MAIS PRAZO PARA PAGAR DÍVIDA POR COMPRA DE ENERGIA

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta quarta-feira o adiamento do prazo para que as distribuidoras paguem parte do valor gasto com a compra de energia no mercado de curto prazo feita em maio. O pagamento deveria acontecer nesta semana, mas os diretores decidiram adiar até o dia 31 de julho a liquidação de parte deste valor. O pagamento é relativo ao gasto das distribuidoras com a compra de energia no mês de maio, com pagamento previsto para este mês. O valor total a ser pago neste mês será de R$ 1,84 bilhão, mas, desse total, R$ 1,32 bilhão poderá ser pago até o fim do mês. O pagamento dos outros R$518 milhões não será adiado, porque esse valor está coberto pela tarifa de energia cobrada do consumidor. O pedido de adiamento foi feito no mês passado pela Associação Brasileira de Energia Elétrica (Abradee) para que haja tempo hábil para os ajustes financeiros das distribuidoras. Segundo o relator da matéria na Aneel, diretor Reive Barros, o pedido foi deferido porque ainda não há uma solução que possibilite que as distribuidoras honrem todos os seus compromissos com a compra de energia no mercado de curto prazo. Durante a reunião, representantes da Associação Brasileira de Comercializadores de Energia (Abraceel) e da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine) se disseram surpreendidos com o pedido de adiamento do pagamento e alertaram para o risco de a decisão criar um precedente negativo no setor. “Queremos que se cumpra a regra do mercado, com a liquidação total. Queremos que se encontre uma solução definitiva para o problema”, disse Reginaldo Medeiros, presidente da Abraceel. Segundo ele, uma possibilidade de solução definitiva seria a revisão tarifária extraordinária das distribuidoras com dificuldades financeiras. O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, ressaltou que os agentes do setor elétrico têm características diferentes, e que as distribuidoras não têm liberdade de compra de energia. Ele disse também que a revisão extraordinária pode ser pedida pelas distribuidoras à Aneel, mas não é a solução para o problema.

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