terça-feira, 29 de julho de 2014

DILMA DEFENDE A ARGENTINA POPULISTA IRRESPONSÁVEL, CRITICA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO E EXIGE "REGRAS CLARAS"; ELA VOLTOU A DEMONSTRAR SUA OJERIZA À INICIATIVA PRIVADA

A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta terça-feira a postura da Argentina, que está em um processo de negociação de dívida com credores e corre o risco de calote se não honrar o pagamento até a noite de quarta-feira. A presidente classificou como "inaceitável" que a ação de "uns poucos especuladores" coloque em risco a estabilidade de um país. Dilma, que já havia defendido o país vizinho durante a cúpula da Unasul, no início de julho, se prontificou a levar a questão argentina ao encontro do G20. O governo argentino negocia com credores nos Estados Unidos, os chamados fundos abutres, que não aceitaram a reestruturação da dívida do país após o default de 2001. Tais credores querem receber o valor integral da dívida e acionaram o país na Justiça americana. Em junho, o juiz federal Thomas Griesa concedeu decisão favorável aos fundos. Assim, a Argentina só conseguirá pagar os credores que aceitaram a reestruturação se também honrar o compromisso com os chamados abutres. O gestor do principal fundo envolvido, Jay Newmann, afirmou que o governo argentino jamais aceitou sentar para negociar com os credores e sempre ofereceu propostas unilaterais. A presidente Dilma, contudo, defendeu a atitude do país vizinho. "O problema que atinge hoje a Argentina é uma ameaça não só para um país irmão. Atinge a todo o sistema financeiro internacional", disse Dilma durante reunião de cúpula do Mercosul em Caracas. "Não podemos aceitar que a ação de alguns poucos especuladores coloquem em risco a estabilidade e o bem-estar de países inteiros. Precisamos de regras claras e de um sistema que permita foros imparciais, permita previsibilidade e, portanto, justiça no processo de reestruturação de dívidas soberanas", afirmou. Ou seja, ela voltou a demonstrar a sua ojeriza à iniciativa privada.

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