quinta-feira, 3 de julho de 2014

CHEFE ANTI-DISCRIMINAÇÃO DA FIFA LAMENTA FALTA DE FISCALIZAÇÃO NOS ESTÁDIOS DA COPA DO MUNDO NO BRASIL

O chefe da Fifa para o combate à discriminação criticou a entidade que governa o futebol mundial nesta quinta-feira por não utilizar funcionários especificamente designados para lidar com abuso racista ou homofóbico entre torcedores nas partidas da Copa do Mundo. Jeffrey Webb disse haver uma "desconexão" entre o objetivo declarado da Fifa de acabar com a discriminação nos jogos e seu fracasso em apoiar uma proposta para utilizar pessoal treinado para investigar e relatar casos dessa natureza. "Não há motivo pelo qual nesta Copa do Mundo não temos representantes anti-discriminação fazendo as devidas investigações e relatos", disse Webb, presidente da Força Tarefa Anti-Discriminação da Fifa, a repórteres. Webb, natural das Ilhas Caimã, é também presidente da confederação que representa países das América Central e do Norte e também do Caribe, a Concacaf, além de ser membro do comitê executivo da Fifa. A Força Tarefa proposta em março, que treinou funcionários anti-discriminação, deveria ser utilizada no Brasil, mas a idéia não foi aceita, disse Webb em uma coletiva de imprensa diária da Fifa. "Realmente, este é um dos componentes centrais da luta contra o racismo e da discriminação", disse Webb. No caso mais notório envolvendo possível abuso de torcedores na Copa do Mundo no Brasil, o Comitê Disciplinar da Fifa determinou no mês passado que não haveria punição para a federação de futebol do México após torcedores mexicanos terem utilizado a palavra "puto" - que em espanhol tem conotação homofóbica - contra goleiros durante jogos. Claudio Sulser, chefe do Comitê Disciplinar, disse na mesma coletiva nesta quinta-feira que a decisão de não punir o México refletiu o fato de que o abuso não foi designado a um jogador em particular.

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