sábado, 14 de junho de 2014

PSDB LANÇA AÉCIO NEVES E BUSCA CONSOLIDAR NELE DESEJO DE MUDANÇA DO ELEITOR

O PSDB lançou neste sábado oficialmente a candidatura do senador Aécio Neves à Presidência da República, animado com sua evolução nas pesquisas e empenhado em atrair para ele o desejo de mudança do eleitorado. Mas deve aguardar o desfecho das convenções de partidos aliados para escolher um vice para a chapa. Na avaliação dos tucanos, a pré-campanha foi bem-sucedida. Aécio Neves subiu nas pesquisas mesmo antes da propaganda eleitoral gratuita e o colocou como principal alternativa do campo de oposição à presidente Dilma Rousseff, que busca a reeleição. "A pré-campanha cumpriu seus objetivos, de chegar em segundo lugar nas pesquisas e com esse clima de pólo alternativo de poder", disse o deputado Marcus Pestana (MG), um dos conselheiros de Aécio Neves. As últimas pesquisas mostraram Aécio Neves em torno de 20% das intenções de voto, com uma vantagem folgada sobre o terceiro colocado, Eduardo Campos (PSB), em um cenário de queda de Dilma. A partir de agora, com a campanha eleitoral liberada formalmente ela entra em uma nova fase. As críticas a Dilma continuarão, mas Aécio Neves deve focá-las mais na gestão do PT e passará a apresentar propostas concretas. "As pesquisas indicam que Dilma é um pouco melhor avaliada do que o governo. As pessoas têm a impressão de que nada que o governo faz dá certo", disse um dos estrategistas da campanha comentando os levantamentos internos do PSDB. O candidato tucano baterá na tecla de que o governo gasta mal o dinheiro dos impostos e que o PT age para desviar recursos públicos. Segundo essa fonte, Aécio Neves conseguiu se firmar no eleitorado de oposição como alternativa e agora precisa atrair os eleitores que se beneficiam das políticas do governo, mas estão infelizes com Dilma e o PT. "Agora ele precisa buscar o eleitorado dela, que está desgarrando", disse a fonte. Para isso, a agenda de Aécio Neves no Nordeste será reforçada e suas propostas terão como alvo as classes de renda mais baixa. Para Pestana, é hora de consolidar a candidatura tucana no eleitorado que quer mudança. "Cabe à oposição nesse cenário galvanizar o sentimento mudancista do eleitorado", disse. A falta de um vice não é motivo de desânimo ou preocupação para os tucanos, que estão de dedos cruzados esperando que alguns partidos aliados do governo desistam de apoiar oficialmente a reeleição de Dilma. Os estrategistas de Aécio Neves acham muito difícil que algum partido deixe de apoiar Dilma e fique com o PSDB formalmente, mas acreditam que PR, PP, PSD podem ter surpresas nas convenções e não se integrar oficialmente à aliança da petista. O PR está muito dividido e são grandes as chances de a legenda não se integrar a nenhuma candidatura presidencial. Caso nenhum desses partidos passe a integrar a campanha tucana, Aécio deve ter um vice do PSDB. O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), e o ex-senador Tasso Jereissati são os mais cotados para assumir a vaga.

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