terça-feira, 10 de junho de 2014

OS PATETAS AUTORITÁRIOS DO SINDICALISMO DOIDIVANAS: ESPERO QUE O GOVERNO DE SÃO PAULO NÃO RECUE E DEMITA MUITO MAIS SE A DELINQUÊNCIA CONTINUAR. OU: COMECEI A CONTAGEM REGRESSIVA PARA SURGIR UM PATETA FEDERAL

Trato daqui a pouco das considerações que fez o ministro Gilmar Mendes sobre a infiltração do crime organizado no processo eleitoral, conforme o prometido. Quero voltar à greve da minoria dos metroviários, que agora assume a face explícita de uma farsa. Ora vejam: até ontem à noite, a reivindicação do sr. Altino Prazeres, o dublê de militante do PSTU e de presidente do sindicato, era a elevação do reajuste salarial. Ele não aceitava nada menos de dois dígitos. Ou isso ou greve. Julgada a paralisação abusiva, o Metrô começou a fazer demissões, e aí o tal Altino mudou a reivindicação: agora, para decidir a volta plena ao trabalho, ele quer que as dispensas sejam canceladas. Qual é a pauta, afinal, deste senhor? Respondo: fazer política e usar a Copa do Mundo como instrumento de chantagem.

Na segunda-feira, os grevistas decidiram suspender a greve por 48 horas. Seguindo o estilo de sempre, Altino acha que está em condições de dar um novo ultimato: se as demissões não forem revistas, então haverá nova paralisação — aí no dia 12 mesmo, quando começa a Copa do Mundo. Ele, agora, precisa de uma migalha qualquer para gritar: “Vitória, vitória da minha intransigência, da minha escolha pela ilegalidade, da minha escolha pela truculência!”.
Não tenho idéia do que pretendem fazer o governo do Estado e o Metrô. Sei o que eu faria: deixaria claro a este senhor que ele não está em condições de exigir nada! A volta ao trabalho é condição primeira para que o Metrô pare de demitir. Até porque, estou certo, a lista de demissíveis é muito maior. Fica muito fácil saber quem não compareceu ao trabalho, mesmo depois de declarada a greve abusiva, porque não pôde e quem não compareceu porque estava desafiando a lei.
É importante destacar: os que estão na lista dos 42 são pessoas que atentaram contra a segurança do sistema, que incentivaram passageiros a pular a catraca, que investiram contra o patrimônio do Metrô. Ninguém está sendo dispensado apenas por ter aderido à greve, embora a empresa possa fazê-lo, dado que o movimento foi declarado abusivo, e os funcionários decidiram manter a paralisação.
Sei que a decisão do governo do Estado não é fácil, não é simples. São muitas as forças políticas que se esforçam pra promover o caos em São Paulo, a começar daquela que deveria estar mais interessada na ordem: o PT. Uma grande trapalhada no dia da abertura da Copa do Mundo não seria positiva para a presidente Dilma Rousseff, por exemplo. E daí? O candidato da CUT à Presidência é Lula, não Dilma. Se ela se esfarelar, os cutistas estão certos de que o Babalorixá de Banânia assume o seu lugar como candidato. Não é uma teoria conspiratória. Trata-se apenas da vida como ela é. Basta raciocinar logicamente: uma grande confusão em São Paulo não interessa ao PSDB; uma grande confusão em São Paulo não interessa a Dilma.
A quem interessa, então? Respondo: à demência de sempre da extrema esquerda e ao lulismo que sonha com a volta do Dom Sebastião de Garanhuns. Não fosse assim, a CUT teria emitido uma nota contra a greve, não a favor. “Ah, Reinaldo, isso a central jamais faria, nem que Lula estivesse no poder". Eu sei. Mas, estivesse lá o Babalorixá de Banânia, é claro que os cutistas teriam ao menos silenciado. Os metroviários nem pertencem à sua base.  Como quer que Dilma se dane e ainda acha que consegue arranhar Alckmin como ganho adicional, então a entidade dá apoio a um movimento politicamente delinquente.
Que o governo de São Paulo não ceda e que os demitidos, até agora, sejam apenas os primeiros 42 caso o sindicato insista em chantagear a sociedade. De resto, fiquem atentos: daqui a pouco aparecerá algum representante do governo federal se oferecendo para “dialogar” com o sindicato e com o Metrô, tentando caracterizar o governador Geraldo Alckmin como “intransigente”. O meu candidato a ser o ator lamentável dessa pantomima é José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça. Como sempre. Por Reinaldo Azevedo

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