domingo, 15 de junho de 2014

JUAN MANUEL SANTOS É REELEITO PRESIDENTE DA COLÔMBIA, AS FARC VÃO CHEGAR AO PODER

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, superou o candidato da oposição Oscar Iván Zuluaga e foi reeleito par mais um mandato de quatro anos. Com mais de 98% das urnas apuradas, Santos tinha 50,85% e Zulaga, 45,09%. Mais de 32 milhões de colombianos foram convocados às mesas de votação, que abriram às 08h00 locais (10h00 de Brasília). De acordo com estimativas, a abstenção deve superar 50%. Na Colômbia, o voto não é obrigatório. No primeiro turno, a abstenção chegou a 60%, a mais alta dos últimos 20 anos no país. A eleição deste domingo foi a mais disputada dos últimos tempos, segundo analistas. Elas marcarão o futuro do processo de paz com a guerrilha terrorista da organização narcotraficante Farc. Os embates armados deixaram mais de 220.000 mortos e cinco milhões de deslocados. O processo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que o governo de Santos leva adiante desde novembro de 2012 em Havana, dominou o debate eleitoral. Santos busca seguir com as negociações, que já produziram avanços em temas como a reforma rural, a participação política dos guerrilheiros, a luta contra o narcotráfico e o reconhecimento às vítimas, com a promessa de que a paz beneficiará a todos, em um país onde um terço dos 47 milhões de habitantes é pobre, apesar de um crescimento superior a 4% anual. Determinado a alcançar uma pacificação integral da Colômbia depois de protagonizar uma ofensiva contra as Farc quando era ministro da Defesa de Uribe, o presidente revelou nesta semana o início de negociações com o Exército de Libertação Nacional (ELN), segunda guerrilha do país, um anúncio que seu rival considerou eleitoreiro. Zuluaga, inicialmente um feroz opositor a dialogar com a guerrilha, suavizou seu discurso depois de vencer o primeiro turno no dia 25 de maio, dizendo que só negociará se as Farc abandonarem as ações terroristas, as minas terrestres, o recrutamento de crianças, os sequestros e extorsões. Preocupado com a impunidade dos guerrilheiros, Zuluaga também exige um mínimo de seis anos de prisão para seus chefes.

Nenhum comentário: