sábado, 7 de junho de 2014

EPE DEVE FIXAR PREÇO-TETO MAIS ALTO EM LEILÃO DE ENERGIA A-5 PARA ATRAIR TÉRMICAS

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) pretende definir um preço-teto de energia no leilão A-5, marcado para 12 de setembro, suficientemente alto para atrair a participação de usinas térmicas na competição, disse o presidente da entidade, Maurício Tolmasquim, na sexta-feira. Ao estabelecer preços mais atrativos para as térmicas, o governo quer evitar que a proporção de térmicas na matriz elétrica brasileira caia, já que o objetivo é garantir a contratação de 7.500 megawatts de novas térmicas até 2023. No leilão, vende energia quem oferecer os preços mais baixos em relação aos preços-teto estabelecidos pelo governo federal. O leilão A-5 contratará energia para ser entregue a partir de 2019. No leilão A-5 haverá um produto separado para competição entre térmicas a biomassa, térmicas a gás natural, incluindo gás natural liquefeito (GNL), e a carvão. O presidente da EPE disse ainda que as térmicas a biomassa terão boas chances de se viabilizarem no A-5 por serem as mais competitivas. "O preço-teto vai ser definido pela térmica a carvão ou a gás...bem mais caro que a térmica a biomassa. Então, no próximo leilão A-5, eu diria que vai ser um momento muito bom pra biomassa porque, a rigor, o preço dela é mais barato", disse ele. Cerca de 20 gigawatts de térmicas a gás se cadastraram para participar do leilão A-5, sendo a maioria de gás natural liquefeito (GNL). Tolmasquim acrescentou que alguns dos investidores estudam construir terminais próprios de regaseificação de GNL importado para abastecer as térmicas, enquanto outros negociam com a Petrobras o aluguel de terminais de regaseificação.

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