quarta-feira, 4 de junho de 2014

DEPUTADO PETISTA QUE FOI ASSALTANTE, E ESTAVA EM REUNIÃO COM MEMBROS DO PCC, DIZ QUE PODE IR À JUSTIÇA PARA TER DIREITO DE CONCORRER

Em resposta ao deputado Luiz Moura (PT), que ameaçou recorrer à Justiça contra a decisão do partido de lhe negar o direito de concorrer às eleições de outubro, o presidente do PT paulista, Emidio de Souza, afirmou nesta quarta-feira que "não teria o menor sentido" a Justiça impor uma candidatura a um partido político. O PT suspendeu as atividades partidárias de Luiz Moura por 60 dias a fim de evitar que ele possa concorrer à eleição. O deputado é suspeito de ter relações com integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que atua no Estado. "Não acredito que a Justiça vá interferir. Quem deve escolher seus candidatos é o partido político, não é a Justiça impor nenhuma candidatura. Não teria o menor sentido", declarou. Emídio, que também coordena a pré-candidatura do ex-ministro Alexandre Padilha ao governo do Estado, sustentou que o partido garantirá direito do deputado de recorrer contra a decisão que lhe suspendeu as atividades partidárias, mas disse que o PT tomará uma decisão terminativa ao final desse prazo. As declarações foram dadas ao final de um café da manhã com Padilha. O ex-ministro, por sua vez, esquivou-se de responder se a presença de Luiz Moura no partido constrangeria sua candidatura de fazer o debate sobre segurança pública. Ela também não opinou se Luiz Moura deveria ser expulso. Padilha voltou a afirmar que o PT "será implacável com qualquer facção criminosa e qualquer pessoa que se aproxime de uma facção criminosa". O petista declarou também que o problema da segurança pública "é do atual governo do Estado". "O governo do Estado de São Paulo é que permitiu a essa facção criminosa se tornar o que é", disse. Padilha se disse surpreso com a decisão da Justiça que mandou suspender a caravana que o PT faz pelo Estado: "Estou convicto de que o partido cumpriu a lei. O PT é  partido diferente dos outros, não faz reunião só em época de eleição. O PT se reúne permanentemente. Conversamos com lideranças de todos os partidos".

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