segunda-feira, 2 de junho de 2014

CONTA PETRÓLEO EXPLICA DEFICIT DA BALANÇA COMERCIAL, CONFORME MINISTÉRIO

Apesar da queda do preço das commodities – bens agrícolas e minerais com cotação internacional – e do recuo na venda de veículos para a Argentina, a conta petróleo explica o déficit acumulado de US$ 4,854 bilhões na balança comercial em 2014, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Segundo a pasta, não fosse o desempenho das importações e exportações de petróleo e de derivados, a balança registraria superávit de US$ 2,752 bilhões no ano. De janeiro a maio, o país importou US$ 7,606 bilhões em petróleo e derivados do que exportou. O déficit é 31% menor que o rombo de US$ 11,038 bilhões registrado no ano passado. A estatística, no entanto, está influenciada por US$ 4,5 bilhões de importações de petróleo feitas em 2012, que só foram registradas entre janeiro e maio de 2013. O atraso, que prejudicou a conta petróleo no ano passado, beneficiou o saldo em 2014. Mesmo com o efeito estatístico, o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Daniel Godinho, diz que a conta petróleo está sendo beneficiada por mudanças estruturais como a retomada da produção de plataformas que ficaram em manutenção no ano passado. “O registro em atraso teve impacto apenas nas importações de petróleo e derivados. É importante deixar claro que não apenas as importações estão caindo, mas as exportações estão subindo”, justificou. De janeiro a maio, o País exportou US$ 9 bilhões de petróleo e de derivados, 9,7% a mais que no mesmo período do ano passado pela média diária. As importações desses produtos totalizaram US$ 16,611 bilhões, significando um recuo de 13,2%. “Para o segundo semestre, a expectativa é que as exportações de petróleo subam ainda mais porque mais plataformas vão entrar em operação”, disse o secretário, sem, no entanto, dizer se a conta petróleo encerrará o ano no positivo.

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