sábado, 21 de junho de 2014

BAIRRO DE SÃO PAULO AMANHECEU COM RASTRO DE DESTRUIÇÃO DEPOIS DA VANDALIZAÇÃO DOS BLACK BLOCS

Quem viu as cenas da Globonews, na quinta-feira à noite, deve ter percebido claramente os movimentos de guerrilha urbana ocorrido em São Paulo.  O rastro de destruição deixado por manifestantes na quinta-feira ainda era visível na manhã de sexta-feira no bairro de Pinheiros. Usando microcâmeras escondidas nos cinegrafistas, a Globo focou delinquentes políticos e bandidos comuns lado a lado, mascarados, armados com porretes, pedras, estilingues, rojões, soquetes, martelos e toda a parafernália usual nos casos do gênero. Ao atacarem condomínios residenciais, os crápulas miraram apartamentos dos quais moradores protestavam contra eles, atingindo-os com estilingues. Na passagem pelo bairro, as câmeras da Globo apanharam claramente munição colocada estrategicamente nas calçadas, como pilhas de paus e pedras. O caso foi mesmo de guerrilha urbana. Lixeiras quebradas, fachadas de imóveis pichadas e até vasos de plantas destruídos estavam por todo o caminho feito pelos cerca de 1.300 manifestantes do MPL (Movimento Passe Livre) entre o final da tarde e a noite de quinta-feira. Rebouças, Eusébio Mattoso, marginal Pinheiros, Teodoro Sampaio e Fernão Dias foram as vias mais atingidas pela onda de depredações. A Polícia Militar diz que foi "traída" pelo MPL, pois fez um acordo de não acompanhar de perto do protesto sob a condição de que não houvesse violência. Ao menos cinco agências bancárias e três lojas de carros de luxo do grupo Caltabiano, foram depredadas. Nenhum estabelecimento fechou o balanço para calcular os prejuízos até este momento, mas só em uma das lojas da Caltabiano 12 automóveis, avaliados em cerca de R$ 2 milhões, foram danificados. A loja de produtos e materiais para escritório Kalunga, localizada na avenida Rebouças, fechou mais cedo na quinta-feira após ser avisada da aproximação de "black blocs" que participavam da manifestação. Segundo o gerente da loja, Rogério Melo, a unidade deveria fechar às 18 horas, mas antecipou em meia hora o fechamento por causa das depredações que ocorriam perto dali. Uma pessoa, não identificada, alertou aos funcionários que um grupo de vândalos se aproximava do estabelecimento. Na avenida Eusébio Mattoso, revendedora da marca de veículos Mini, pertencente ao grupo Caltabiano, vai voltar a adotar procedimentos que eram frequentes no auge dos protestos, principalmente no ano passado.

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