quinta-feira, 5 de junho de 2014

47% DOS PRESOS EM ALAGOAS NÃO FORAM JULGADOS

Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apontam que quase metade da população carcerária de Alagoas é formada por presos provisórios. Segundo o relatório, 47% dos 3.011 detentos dos sexos masculino e feminino - incluindo o regime de prisão domiciliar - aguardam julgamento. Superlotadas, as unidades prisionais dispõem de apenas 1.813 vagas, o que reforça que o Estado tem um déficit preocupante, de 1.198 vagas. O levantamento do CNJ traz, ainda, um alerta: Alagoas continua com um número considerado alto de presos provisórios, maior do que muitos Estados do Nordeste, como o Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. Ao todo, são 480 detentos cumprindo prisão domiciliar. Segundo o juiz José Braga Neto, da Vara de Execuções Penais, os dados ainda são preocupantes, mas já foram bem piores. "Temos, hoje, o percentual de 47% da população carcerária de presos provisórios, mas o ideal seria pelo menos 37%. O problema é que faltam juízes, mas a situação já melhorou bastante", disse Braga Neto. O levantamento do CNJ mostra também que a nova população carcerária brasileira é de 715.655 presos, levando-se em conta as 147.937 pessoas em prisão domiciliar. De acordo com dado anterior levantado pelo mesmo órgão - que, no entanto, não contabilizava as prisões domiciliares -, em maio deste ano, a população carcerária era de 567.655.

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