terça-feira, 27 de maio de 2014

USP PERDE LIDERANÇA DE RANKING ACADÊMICO DA AMÉRICA LATINA

A Universidade de São Paulo (USP) perdeu o posto de melhor universidade da América Latina no ranking elaborado pela QS Quacquarelli Symonds, consultoria britânica especializada em educação superior. A instituição brasileira era líder do levantamento anual desde a sua criação, em 2011. A USP, que agora figura em segundo lugar, foi ultrapassada pela Pontifícia Universidade Católica do Chile (UC). Segundo o texto de apresentação do ranking 2014, a UC despontou em dois quesitos. A instituição reduziu o número de alunos por professor e aumentou sua influencia no mundo virtual (Webometrics). O principal avanço, contudo, é o maior impacto da pesquisa produzida na instituição chilena, medido pelas citações em jornais acadêmicos internacionais. Segundo Danny Byrne, editor do TopUniversities, site que publica o ranking, a queda da USP não deve ser compreendida como uma tendência entre as instituições brasileiras. "O Brasil tem agora dez das vinte melhores universidades da América Latina, duas a mais do que no ano passado", diz. As novatas são a UnB e a UFSCar A USP se destaca nos itens produtividade em pesquisa e medição do número de artigos produzidos por docentes. As oito melhores instituições neste indicador são brasileiras, com apenas a Universidade do Chile no top 10. A Universidade de Buenos Aires (UBA), uma referência na região, também vem perdendo posições no ranking. A instituição portenha figurava no 8º lugar em 2011 e agora aparece em 19º. Para Martin Juno, analista sênior da QS Intelligence Unit, a relação relativamente alta entre alunos e professor em sala de aula e uma taxa pequena de docentes com doutorado contribuiu para a queda. "As universidades do México, Argentina e Colômbia se destacam em áreas específicas, mas atualmente não apresentam consistência no conjunto de indicadores em comparação com as principais instituições acadêmicas do Brasil e do Chile", diz o diretor de pesquisa da QS Intelligence Unit, Ben Sowter: "O numero de alunos por professor continua sendo o maior desafio nas principais instituições públicas de pesquisa da região". Vinte e um países latino-americanos têm ao menos uma universidade entre as 300 instituições que figuram no ranking. O Brasil tem o maior número de participantes: 78. O México vem depois, com 46, seguido por Colômbia (41), Argentina (34), e Chile (30). A análise das instituições leva em conta reputação acadêmica, reputação dos graduados no mercado de trabalho, número de alunos por professor, número de publicações e citações, proporção de professores com doutorado e presença digital.

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