terça-feira, 13 de maio de 2014

UNIÃO TERÁ DE CONSTRUIR DEPÓSITO PARA LIXO RADIOATIVO

A União foi condenada em dezembro pela Justiça Federal a incluir no orçamento os recursos necessários para a construção de um depósito final para os rejeitos radioativos produzidos pelas usinas nucleares de Angra dos Reis, no litoral sul do Rio de Janeiro. A decisão estabelecia prazo de um ano para a definição do local de armazenamento, mas a União recorreu e conseguiu suspender provisoriamente os efeitos da sentença. De acordo com o Ministério Público Federal, que moveu a ação civil pública, o lixo nuclear das usinas de Angra é armazenado em depósitos provisórios desde 1982, "representando riscos à vida da população". Em nota, a Eletronuclear afirma que "tem total controle da gestão dos rejeitos" e que as instalações do Centro de Gerenciamento "asseguram o atendimento à exigência de guarda segura dos rejeitos pelo menos até 2020". A usina Angra 2 corre o risco de ser desligada em 2017 por causa da saturação dos depósitos provisórios de rejeitos, conforme avaliação remetida ao Tribunal de Contas da União. O mesmo poderia ocorrer com a usina Angra 1 em 2018 ou 2019. Já Angra 3, que está em construção, não entraria em operação conforme o previsto, porque uma das condicionantes para a concessão da licença ambiental da usina é justamente a necessidade de se resolver a questão do acúmulo de resíduos radioativos. Até 2007, ano do último levantamento divulgado, a quantidade de lixo atômico produzido por Angra 1 e Angra 2 era de aproximadamente 3 mil toneladas. O resíduo fica armazenado em dois galpões.

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