domingo, 25 de maio de 2014

MARINA SILVA DERROTA EDUARDO CAMPOS E ACORDO DO PSB COM PSDB SERÁ ROMPIDO

Marina Silva fez com que Eduardo Campos traísse o aperto de mão que selou o pacto com Aécio Neves. Mostra quem mandaria no Brasil se porventura o pernambucano fosse eleito. O pré-candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, anunciou na quinta-feira que o partido lançará candidato próprio ao governo de Minas Gerais, e que o acordo com Aécio Neves, pré-candidato do PSDB, que previa apoio mútuo em Minas Gerais e Pernambuco, é apenas um pacto de não agressão que o PSB faz com todos os partidos. "O pacto de não agressão é com todos os partidos. Sempre fiz política assim. Temos aliança com o PSDB em vários locais, mas não há pacto de acordo mútuo", afirmou Eduardo Campos. Com o fim do acordo, o nome mais cotado para ser o candidato do PSB ao governo de Minas Gerais é o do deputado federal Júlio Delgado, embora Marina Silva, que será vice de Eduardo Campos, prefira o ambientalista Apolo Heringer. "Há uma divisão no PSB de Minas Gerais. Mas a tendência mais forte, e que está crescendo, é a de lançar a candidatura do deputado Júlio Delgado. Como direção nacional, nós vamos acompanhar a decisão do partido no Estado", disse Eduardo Campos. A argumentação do ex-governador pernambucano confirma a tendência do PSB de lançar candidatos próprios nos Estados de maior representatividade. Já no Rio Grande do Norte, o partido optou por lançar a ex-governadora Vilma de Faria como pré-candidata ao Senado, apoiando a chapa formada por Henrique Eduardo Alves (PMDB) e João Maia (PR) ao governo. O motivo do rompimento do acordo com Aécio Neves é uma tentativa de atrair o voto da esquerda lulista que não vai para Dilma Rousseff e fidelizar o voto do eleitorado de Marina Silva nos grandes centros urbanos. A explicação vem de alguns dos principais articuladores políticos de Eduardo Campos. Desde que decidiu marcar as diferenças do seu projeto para o de Aécio Neves, Eduardo Campos busca se tornar a melhor opção para petistas descontentes, mirando suas críticas em Dilma. "Se o Eduardo marca suas diferenças com Aécio e o PSDB, ele atrai não só os votos da esquerda, mas também os votos de Marina. No segundo turno é outra história, mesmo porque estaremos lá", diz um interlocutor de Eduardo Campos.

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