terça-feira, 13 de maio de 2014

JUSTIÇA DO RIO DE JANEIRO DETERMINA QUE 70% DOS MOTORISTAS E COBRADORES DE ÔNIBUS VOLTEM AO TRABALHO; ESSE FILME JÁ FOI VISTO EM PORTO ALEGRE

O Tribunal Regional do Trabalho determinou, no início da tarde desta terça-feira, que pelo menos 70% dos motoristas e cobradores de ônibus do Rio de Janeiro voltem a trabalhar imediatamente. Na liminar, a desembargadora Maria das Graças Paranhos, vice-presidente do Tribunal, fixou multa diária de 50.000 reais por descumprimento da decisão, que deverá ser paga pelo Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do município do Rio (Sintraturb). Esse filme já foi visto em Porto Alegre. A Justiça do Trabalho determinou as mesmas medidas, que foram solenemente ignoradas pelo comando dos grevistas, do PSOL e assemelhados. O Rio de Janeiro teve menos de 10% da frota dos ônibus urbanos em circulação, de acordo com o secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão. De acordo com o Sindicato das Empresas de Ônibus do Rio de Janeiro, o Rio Ônibus, 16% da frota entrou em circulação. O objetivo da decisão é restabelecer condições mínimas de circulação da população. Mas a mobilização de agora, que promoveu uma paralisação na semana passada e iniciou nesta quarta-feira mais um período de 48 sem serviço, não é liderada pelo sindicato. Ou seja, a decisão na prática não atinge os grevistas, que anunciaram a paralisação à revelia do sindicato. O problema é parecido com o impasse da greve dos garis, realizada durante o carnaval, quando os grevistas não obedeciam determinações do sindicato da categoria. O grupo dissidente dos rodoviários, que lidera o movimento grevista, não aceita o acordo coletivo assinado pelo Sintraturb, que garantiu aumento de 10% à categoria. A comissão de greve exige reajuste salarial de 40% e aumento no valor da cesta básica de 150 reais para 400 reais. Os líderes grevistas foram impedidos de participar diretamente da paralisação por outra liminar, expedida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro na madrugada desta terça-feira. Segundo a decisão, os quatro integrantes da comissão de rodoviários devem se abster de "promover, participar, incitar greve e praticar atos que impeçam o bom, adequado e contínuo funcionamento do serviço de transporte público". Acatando um pedido do Rio Ônibus, a Justiça determinou que Hélio Alfredo Teodoro, Maura Lúcia Gonçalves, Luís Claudio da Rocha Silva e Luiz Fernando Mariano devem manter distância de garagens de empresas filiadas ao sindicato patronal. A juíza Andreia Florêncio Berto fixou multa de 10.000 reais por cada ato de descumprimento da decisão. A segunda paralisação da categoria, a um mês da Copa do Mundo, foi anunciada no início da noite de segunda-feira, após uma audiência de conciliação no TRT, que terminou sem acordo. Tudo acontece rigorosamente da mesma forma como aconteceu em Porto Alegre. Ou seja, essa greve do Rio de Janeiro fede a quilômetros a um locaute, no qual se reúnem os interesses do PSOL e dos donos das empresas de ônibus.

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