quinta-feira, 3 de abril de 2014

PETROBRAS ANALISA ESTUDOS PARA GERAÇÃO DE ENERGIA SUBMARINA NO PRÉ-SAL

No final deste mês, o governo fluminense e a Petrobras receberão o primeiro relatório dos estudos que visam à geração de energia submarina para a região do pré-sal.  Os estudos resultam de parceria estabelecida pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico do Rio de Janeiro (Sedeis) com a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) e a Usina Termelétrica Governador Leonel Brizola, da Petrobras. O trabalho será  efetuado pela Onip durante um ano, como contratada da estatal brasileira. A informação foi dada nesta quarta-feira pelo superintendente da Onip, Carlos Soligo Camerini. Os estudos em curso consideram que, para produzir no fundo do mar, são necessários equipamentos específicos: “A visão é que, em 2020, todos os equipamentos vão estar no fundo do mar”. Entre eles, destacou equipamentos elétricos como separadores, bombas de injeção, bombas de transferência de fluidos, entre outros. A Onip é uma entidade que reúne os segmentos que atuam no setor de óleo e gás, incluindo companhias exploradoras, fornecedores e agências de fomento. Carlos Camerini confirmou que o atendimento à demanda de energia elétrica no fundo do mar, além de aumentar a produtividade no pre-sal, poderá reduzir os custos de exploração e produção. “À medida que você vai indo para o fundo do mar, para maior profundidade, cada vez mais fundo, a quantidade de equipamentos tem que ser maior. As plataformas têm que crescer cada vez mais. E à medida que elas vão crescendo, o custo vai aumentando exponencialmente. Se puder eliminar as plataformas, você deixa  de ter a preocupação de espaço, de peso. O equipamento no fundo do mar pode pesar o que quiser, porque vai estar no solo marinho, onde o peso não é problema. E você tem produtos hoje muito confiáveis. Não tem problema de onda, de vento, chuva, e as pessoas vão trabalhar  no escritório. O comando vai ser todo robotizado, automatizado”, explicou. Camerini disse que as tecnologias para produção de energia no solo marinho já são dominadas pelas empresas que fazem a produção no fundo do mar. Segundo ele, a previsão é que isso já estará ocorrendo no Mar do Norte após  2020, ”porque as profundidades são menores”,  e até  2030 deverá ocorrer no Brasil, a até  3 mil metros de profundidade. As opções para a geração de energia para exploração do pré-sal incluem levar para o fundo do mar os equipamentos que hoje estão na plataforma, o que significa ter um motor movido a gás  no fundo do mar. Outra  é o uso de correntes marinhas, em um sistema que poderia funcionar a uma profundidade de 200 ou 300 metros: “Seriam bóias submarinas, como se fossem ventiladores ao contrário, como são as turbinas de usinas hidrelétricas. Esse parece ser um movimento bastante forte”, disse Camerini.

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