quarta-feira, 9 de abril de 2014

OPOSIÇÃO ENCURRALA O PETISTA GILBERTO CARVALHO EM DEPOIMENTO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS; ELE SE NEGA A FALAR SOBRE SUAS RELAÇÕES COM O DOLEIRO YOUSSEF

A oposição encurralou o ministro petista Gilberto Carvalho em depoimento na Câmara dos Deputados. Ele teve dificuldade para se explicar. Gilberto Carvalho manifstou profunda irritação com a insistência da oposição em vinculá-lo ao assassinato do prefeito Celso Daniel. O secretário Geal da Presidência, Gilberto Carvalho, enfrentou forte questionamento por parte da oposição. Ele prestou depoimento na Comissão de Segurança Pública, para onde foi convocado a prestar esclarecimentos sobre a denúncia feita pelo delegado Romeu Tuma Júnior no seu livro “Assassinato de Reputações”, e também a respeito do dinheiro, R$ 1 milhão, destinado pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco do Brasil ao último congresso da organização terrorista clandestina MST. Os oposicionsitas aproveitaram para saber sobre a Petrobrás e as ligações do ministro com o doleiro Alberto Youssef. Gilberto Carvalho negou-se a falar sobre esse assunto, o que lhe faculta a lei, já que o tema não foi objeto da convocação. O interesse da oposição deve-se ao fato de que o ministro, como Youssef e o deputado Vargas, PT, é de Londrina, no Paraná. A tropa de choque do PT tentou obstruir as questões mais cabulosas, mas a oposição não deu tréguas. Gilberto Carvalho confirmou que até agora não moveu qualquer ação contra Tuma Júnior, como imaginava o delegado paulista.
Veja o diálogo ocorrido entre o petista Gilberto Carvalho e o deputado federal Ronaldo Caiado, do DEM de Goiás:
Deputado - O senhor amarelou no caso do delegado Tuma Júnior, que o denunciou por levar dinheiro sujo do pefeito Celso Daniel para o PT e Zé Dirceu.
Ministro - Ele terá que provar isto, mas o senhor da ação sou eu.
O ministro Gilberto Carvalho é uma espécie de eminência parda da presidente Dilma Roussef. Ele foi colocado no cargo de secretário Geral por Lula. Deve lealdade somente a ele. Dilma, sua preposta, responde ao seu ministro. O delegado Romeu Tuma Júnior costuma chamá-lo de “viúva funcional” do ex-prefeito Celso Daniel. Na página 489 do seu livro “Assassinato de Reputações”, o delegado conta como foi sua última reunião com Gilberto Carvalho, pouco antes de “sair” do cargo de secretário nacional da Justiça em 2010, depois de uma armação orquestrada pelo próprio ministro contra ele. Foi uma conversa que emocionou muito os dois interlocutores, que choraram durante o evento, emocionados com a troca de confidências. Tuma Júnior abriu o coração sobre as intrigas palacianas que o levaram à demissão e Gilberto Carvalho fez a mesma coisa ao falar sobre o assassinato do ex-prefeito Celso Daniel. Acontece que Tuma Júnior foi o delegado que primeiro chegou à cena do crime, o local onde foi despejado o corpo do ex-prefeito assassinado Celso Daniel, e abriu o inquérito sobre o crime, depois abortado pelo governo tucano de Geraldo Alckmin, que o retirou do caso. Gilberto Carvalho tinha sido secretário, confidente e amigo de Celso Daniel, na época já indicado para ocupar as funções mais tarde exercidas por Antonio Palocci. O que ele ouviu do ministro:
- Veja, Tuma, o quanto fui injustiçado no caso do Celso Daniel. Quando saiu aquela boataria de que havia desvios na prefeitura, eu, na maior boa fé, procurei a família dele para levar um conforto. Fui dizer a eles que  todo o recurso que arrecadávamos eu levava para o Zé Dirceu, pois era para ajudar o partido nas eleições.
Na sua “candura”, o ministro Gilberto Carvalho confessou que o PT furtava dinheiro dos fornecedores e permissionários de ônibus da cidade e que ele mesmo levava o dinheiro para José Dirceu. Dias antes, quando já estava sendo fritado pelo governo e pelo PT, Tuma Júnior esteve com o ministro Gilberto Carvalho, que demonstrou “interesse” em saber quem tinha assassinado Celso Daniel. Na página 485, o delegado conta o que explicou ao ministro:
- A priori, seus amigos de Santo André não queriam matá-lo,mas  assumiram claramente esse risco. Planejaram e mandaram executar o seqüestro de Celso Daniel para lhe dar um susto (Celso, já convidado para coordenador da campanha vitoriosa de Lula, queria interromper o esquema). No caminho, ocorre um acidente de percurso e acabam matando o prefeito. Foi assim.

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