terça-feira, 8 de abril de 2014

O PETISTA ANDRÉ VARGAS, O DEMOSTENES DO PT, E O DOLEIRO YOUSSEF, SÃO RÉUS NO MESMO CASO DE CORRUPÇÃO NO PARANÁ

O deputado federal André Vargas (PT-PR) e o doleiro Alberto Youssef, pivô do pedido de afastamento do parlamentar da Câmara dos Deputados nesta semana, são réus em um mesmo escândalo de corrupção ocorrido no final dos anos 90 no Paraná. Vargas se licenciou do cargo após ter vindo à tona sua ligação com o doleiro. Eles respondem pelo caso na Justiça desde 1999. O chamado caso Ama/Comurb é o maior escândalo de corrupção da história de Londrina, base política de Vargas. No final da década de 1990, ao menos R$ 14 milhões, em valores da época, teriam sido desviados em licitações fraudulentas.

O valor teria sido desviado em diferentes fatias. Em uma delas, em 1998, dos R$ 141 mil que saíram dos cofres municipais, R$ 120 mil acabaram com Youssef, e R$ 10 mil, com Vargas, segundo o Ministério Público do Paraná. Militante do PT à época, Vargas coordenava campanhas locais do partido, como a de Paulo Bernardo (atual ministro das Comunicações) à Câmara dos Deputados. A Promotoria suspeita que o dinheiro tenha abastecido essas campanhas. Já Youssef teria “lavado” (encoberto a origem) do dinheiro por meio de uma conta fantasma.
O doleiro está preso desde o último dia 17, apontado pela Polícia Federal como um dos chefes de um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões, investigado na Operação Lava Jato. “Não podemos afirmar que há um elo entre Vargas e Youssef, mas há uma situação comum entre eles. Receberam dinheiro na mesma ocasião, fruto do mesmo desvio, no mesmo dia. Estão ligados ao mesmo núcleo do caso”, afirmou o promotor Cláudio Esteves.

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