quarta-feira, 23 de abril de 2014

FORTUNATI CONTINUA ACHANDO QUE MÉDICOS ESTÃO SABOTANDO A SAÚDE PÚBLICA EM PORTO ALEGRE, E NÃO FAZ O QUE É NECESSÁRIO E URGENTE

É inacreditável, o governo José Fortunati (PDT) na prefeitura de Porto Alegre continua convencido de que todas as mazelas da saúde pública na capital gaúcha são devidas aos médicos, que estariam contra a administração e sabotariam as suas ações. Não passa pela cabeça da prefeitura que os problemas da saúde em Porto Alegre são estruturais e assim precisam ser vistos e enfrentados. O principal desses problemas estruturais, com as decorrências normais dele, é o da já crônica falta de leitos. Porto Alegre precisaria, imediatamente, de um acréscimo de, no mínimo, 2.000 mil leitos hospitalares. Ora, um problema dessa magnitude só se resolve com uma intervenção de guerra. Ou seja, com a implantação imediata, na cidade, de dois hospitais de campanha. Em Porto Velho, há poucos dias, devido à enchente recorde do rio Madeira, a Força Nacional de Saúde implantou em poucos dias um hospital de campanha, tendo em vista o alto risco para a saúde pública, já que centenas de casos de leptospirose estavam acontecendo na cidade. Hospitais de campanha permitiriam o desafogamento e ordenamento da rede hospitalar existente, enquanto se providencia a construção de novos hospitais na capital gaúcha. Esta construção demanda anos, no mínimo cinco anos. Ora, os cidadãos não podem ficar esperando cinco anos em situação tão crítica. Se Fortunati fosse saudado como o maior prefeito de todos os tempos em Porto Alegre, pela quantidade de obras, ainda poderia sair escorraçado da prefeitura, por não ter atacado de frente a questão da saúde na capital gaúcha. É inacreditável que políticos continuem se recusando a ver o que é óbvio, e a atacar de frente o que é mais do que emergencial.

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