terça-feira, 15 de abril de 2014

EX-TESOUREIRO DE PRÉ-CANDIDATO DO PT EM MINAS GERAIS TAMBÉM É INVESTIGADO PELA POLÍCIA FEDERAL

A investigação da Polícia Federal em Minas Gerais que apura o recebimento de recursos do valerioduto pelo ex-ministro Pimenta da Veiga, pré-candidato do PSDB ao governo mineiro, envolve também outros nomes que receberam valores das contas das agências de Marcos Valério de Souza. Entre esses nomes figura Rodrigo Barroso Fernandes, ex-tesoureiro da campanha de 2004 pela reeleição do então prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, agora pré-candidato ao governo mineiro. Desde 2005, as apurações já apontavam que Fernandes sacou R$ 274 mil em agosto de 2004. Na ocasião, ele foi chamado a prestar depoimento na Polícia Federal, mas se reservou ao direito de só falar em juízo. Em nota divulgada por sua defesa na ocasião, ele negou ter realizado tal saque. Essa apuração, bem como a de Pimenta, que admitiu ter recebido R$ 300 mil de Marcos  Valério por ter prestado serviço de consultoria jurídica, está baseada no inquérito 2474, que trata de toda a contabilidade das agências de Valério, separadas por bancos, e que balizou a ação do mensalão do PT. Segundo a Polícia Federal, outras pessoas estão também sendo investigadas. São cerca de 30 nomes que receberam recursos das agências SMP&B e DNA e que estão na mira da Polícia Federal. Aparecem nesse inquérito desde pessoas que tinham vinculação com políticos –caso de Freud Godoy, ex-assessor da Presidência da República na gestão Lula– a outros nomes que prestaram também consultoria para Valério e, como Pimenta, sem firmar contratos. Essas investigações começaram a ser autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal em 2012, quando a Procuradoria-Geral da República solicitou novas investigações, já que a PF só concluiu em 2011 os trabalhos sobre as análises dos saques nas contas das agências de Marcos Valério.

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