sábado, 12 de abril de 2014

CVM APURA RESPONSABILIDADE DE EIKE BATISTA NO USO DE INFORMAÇÃO PRIVILEGIADA NA OGX E NA OSX

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) confirmou na sexta-feira que apura eventual responsabilidade do empresário Eike Batista sobre uso de informação privilegiada e por prática de manipulação de preços enquanto presidente do Conselho de Administração da Óleo e Gás, ex-OGX. Eike Batista é investigado em seis dos nove processos referentes ao grupo EBX em andamento na autarquia. Além da OGX, uma eventual responsabilidade do empresário em caso de informação privilegiada na OSX Brasil também é examinada, disse a CVM em comunicado. Outros processos que além de Eike Batista também envolvem executivos das empresas do grupo - LLX Logística (atual Prumo Logística), CCX Carvão da Colômbia, MPX Energia (hoje Eneva), além da OGX -, referem-se à publicação de fatos relevantes ou informações adicionais referentes a estes documentos. A autarquia não divulgou mais detalhes destes processos. Na sexta-feira, o jornal Valor Econômico publicou reportagem em que afirma que a CVM apurou que Eike Batista e os administradores da antiga OGX sabiam da inviabilidade de campos da petróleo da companhia dez meses antes de o mercado ser informado a respeito. Citando informações do processo ao qual teve acesso, o jornal disse que a CVM concluiu que o empresário vendeu ações da companhia nesse meio tempo, contrariando lei que proíbe a utilização de informações privilegiadas. A petroleira, que foi a principal empresa do grupo EBX do empresário, entrou com pedido de recuperação judicial em outubro do ano passado, junto com a OSX, na sequência de uma aguda crise iniciada com a declaração da inviabilidade econômica dos campos de Tubarão Azul, Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia, em julho.

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