sexta-feira, 18 de abril de 2014

CERVERÓ VAI AO CONGRESSO E DEFENDE A COMPRA DA REFINARIA DE PASADENA, MAS TOMA CUIDADO PARA NÃO SE CHOCAR COM A PETISTA DILMA ROUSSEFF

Em depoimento de mais de cinco horas na Câmara dos Deputados, o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, defendeu a compra da refinaria de Pasadena, dividiu responsabilidades pela decisão com a cúpula da empresa, mas, para alívio dos petistas, não comprometeu mais ninguém da estatal ou do governo. Como havia se oferecido para depor, a oposição esperava que o diretor  defenestrado da Petrobras esclarecesse o “parecer falho”, atribuído a ele, que levou a estatal a fazer um “mau negócio”. Em vão: fazendo coro ao discurso do ex-presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, Cerveró opinou que a operação não pode ser considerada "malfadada". Quanto às cláusulas Marlim e Put Option, que envolviam riscos e acabaram sendo responsáveis pelo prejuízo amargado pela Petrobras, ele alegou que elas não eram importantes "do ponto de vista negocial", e por isso foram excluídas do resumo executivo analisado pelo Conselho de Administração, à época presidido por Dilma Rousseff. O depoimento agradou aos petistas. "Ele traz argumentos consistentes. Foi tecnicamente correto", disse Fernando Ferro (PT-PE). "Temos que analisar o negócio com dados da época, e não de hoje. Se fosse hoje, o negócio seria ruim, mas na época era bom", emendou Amauri Teixeira (PT-BA). Cerveró procurou se defender sem trombar com declarações de Dilma. A presidente afirmou que o colegiado não tinha conhecimento das cláusulas Marlim e Put Option, ou não teria aprovado o negócio. A cláusula Marlim previa à belga Astra Oil, parceira inicial da Petrobras, um lucro de 6,9% ao ano, independentemente das condições de mercado, e a Put Option obrigava a empresa brasileira a comprar a outra metade da refinaria caso houvesse desentendimento com a parceira da Bélgica. O engraçado é que esses vagabundos, administradores de meia pataca, totalmente irresponsáveis, com certeza não assinariam contratos com as tais cláusulas se envolvesse o interesse deles. O advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, chegou a negar a versão de Dilma, dizendo que o conselho recebera com 15 dias de antecedência a documentação completa sobre a refinaria do Texas, voltando depois atrás, em entrevista ao site de VEJA.

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