quarta-feira, 30 de abril de 2014

CASEIRO DE MALHÃES CONFESSA TER AGIDO COM DOIS IRMÃOS PARA MATAR O CORONEL

Não foram os militares que queriam calar Paulo Malhães. Nem foi uma vingança de pessoas ligadas a vítimas da tortura do regime militar. O coronel reformado do Exército, encontrado morto em seu sítio em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, na última sexta-feira, foi vítima de um assalto armado pelo caseiro, Rogério Pires, com dois irmãos e um quarto comparsa. As circunstâncias exatas da morte ainda serão esclarecidas, com base no laudo do Instituto Médico Legal e em depoimentos dos autores. Mas a mecânica do assalto sepulta, por ora, toda sorte de teorias da conspiração sobre o crime. Malhães ganhou fama repentina ao admitir, à Comissão da Verdade, que participava de sessões de tortura a presos políticos no período da ditadura militar na Casa da Morte, em Petrópolis, na região serrana. Mas acabou sendo vítima de bandidos, não de atores ocultos do poder. O caseiro entregou, em depoimento na manhã desta terça-feira, dois irmãos que participaram com ele do ataque. A motivação do crime, admitiu, era meramente financeira.

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