sábado, 12 de abril de 2014

CASABRANCA DIZ QUE EUA NÃO DARÃO VISTO A DIPLOMATA INDICADO PELO IRÃ PARA A ONU

Os Estados Unidos negaram na sexta-feira o visto para o diplomata iraniano indicado para o cargo de embaixador de seu país na ONU e citaram como justificativa as ligações dele com a crise dos reféns em 1979-1981 -- adotando assim uma medida rara que levanta questões sobre quanta influência a Casa Branca pode exercer sobre a entidade mundial. O presidente dos EUA, Barack Obama, estava sob forte pressão para não permitir que Hamid Abutalebi assumisse o posto em Nova York. O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse que a ONU e o Irã foram informados de que o país não vai "emitir um visto ao sr. Abutalebi". Ele não deu mais explicações. Uma lei dos EUA permite que o governo vete a entrada de diplomatas da ONU considerados ameaças à segurança nacional, mas a decisão de Obama, que potencialmente estabelece um precedente, pode expor os Estados Unidos a críticas de que está usando sua posição de país anfitrião de forma inadequada. O governo dos EUA rejeita Abutalebi por causa da suspeita de sua participação em um grupo de estudantes islamistas que tomou a embaixada do país em novembro de 1979 e manteve 52 norte-americanos reféns por 444 dias. O veterano diplomata reconheceu que atuou como intérprete para os militantes que mantinham os reféns. A decisão de Obama foi tomada dias depois de negociadores do Irã, Estados Unidos e outras cinco potências mundiais se reunirem em Viena para delicadas conversações que buscam frear o programa nuclear iraniano.

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