quinta-feira, 20 de março de 2014

SOB GRITOS DE "FORA DILMA", CONGRESSO ADIA PARA ABRIL ANÁLISE DE 12 VETOS PRESIDENCIAIS

Sob vaias de entidades municipalistas, gritos de “fora Dilma” e reclamações de deputados, o Congresso Nacional adiou na noite de terça-feira a votação de 12 vetos da presidente Dilma Rousseff, entre eles o que derrubou as novas regras para a criação de cidades. A sessão foi transferida para abril após os líderes do Senado fecharem um acordo para esvaziar a votação. O Senado atendeu um apelo do Planalto para discutir uma proposta alternativa ao projeto que libera a criação de 269 municípios.

O recuo dos senadores irritou representantes de entidades ligadas aos municípios que lotavam as galerias do plenário da Câmara e dispararam uma série de vaias, além de ataques ao Congresso e ao Planalto. Alguns manifestantes chegaram a gritar “fora Dilma”. Com discursos inflamados, os deputados questionaram a posição dos Senadores, sendo que apenas quatro senadores compareceram à votação.
“É lamentável esse gesto dos senadores”, disse o líder do PPS, Rubens Bueno (PR). O deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE) reforçou o discurso. “O Parlamento está desmoralizado”. Marcos Rogério (PDT-RO) afirmou que a manobra era um “estelionato político”. Essa é a segunda vez que o Congresso adia a votação sobre regras para municípios. O governo negocia uma alternativa para evitar a derrubada do veto. O Palácio do Planalto vai enviar ao Congresso um novo projeto que restringe o surgimento de novas cidades ao determinar que os municípios sejam criados preferencialmente nas regiões Norte e Nordeste – que têm menor densidade demográfica.

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