segunda-feira, 17 de março de 2014

SENTENÇA JUDICIAL DIZ QUE MALUF TRATOU PESSOALMENTE DE DINHEIRO EM CONTA NO EXTERIOR QUE ELE SEMPRE NEGOU SER SUA

Pressionado pelo Deutsche Bank a revelar a origem de US$ 200 milhões que movimentou no exterior, o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) tratou pessoalmente com advogados encarregados de dar explicações ao banco e admitiu que controlava uma das empresas que administraram os recursos, segundo documentos obtidos pelas autoridades da Ilha de Jersey. Desde que a existência desse dinheiro foi revelada, há quase 13 anos, Maluf nunca reconheceu publicamente ser o proprietário dos recursos. Em todas as manifestações sobre o caso, sua defesa insiste que ele “não tem e nunca teve contas no exterior”.

Mas a sentença da corte da Ilha de Jersey, que no ano passado condenou empresas da família Maluf a devolver à Prefeitura de São Paulo US$ 32 milhões (equivalentes a R$ 75 milhões), descreve em detalhes tratativas dele e de seus advogados com o Deutsche Bank e não deixa dúvidas sobre sua ligação com os recursos encontrados em Jersey. As autoridades da ilha concluíram que o dinheiro foi desviado de obras construídas quando Maluf foi prefeito de São Paulo, de 1993 a 1996. O Deutsche Bank começou a fazer questionamentos sobre a origem dos recursos de Maluf em 1999, quando uma nova lei contra a lavagem de dinheiro em Jersey obrigou os bancos a se informar melhor sobre os seus clientes.

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