quinta-feira, 6 de março de 2014

SAIBA QUAIS FORAM OS POLÍTICOS GAÚCHOS QUE RECEBERAM DINHEIRO DO ADVOGADO DAL AGNOL PARA SUAS CAMPANHAS ELEITORAIS

No seu blog desta quarta-feira, o jornalista Leandro Mazzini conta que o advogado gaúcho Maurício Dal Agnol, foragido da Polícia Federal, acusado de golpe de R$ 100 milhões em clientes, contribuiu financeiramente para a campanha de candidatos dos principais partidos no Rio Grande do Sul, em três instâncias.O jornalista chama de "aliados" os candidatos, embora isto seja evidente exagero. Um dos aliados, Cândida Rosseto, Barra Fundo, PT, recebeu apenas R$ 5 mil, dinheiro que não ajuda a eleger ninguém. Mas outros casos revelaram valores expressivos, como os R$ 60 mil doados ao comitê estadual do PT, dinheiro usado para eleger Tarso Genro ao Piratini. Também receberam dinheiro candidatos a deputados e prefeitos do PDT, PCdoB, PMDB, PPS, DEM e até PV. Leia tudo:
"O dinheiro da fraude foi usado para doações de R$ 280 mil a diferentes partidos nas eleições de 2010 e 2012. Em 2010, foram R$ 125 mil distribuídos para quatro candidatos a deputados estaduais e dois federais do PSDB, PCdoB, DEM, PV e PDT – todos perderam. Em 2012, Dal Agnol ajudou candidatos a vereadores e prefeitos do PT, PDT, PPS e PMDB, com R$ 95 mil, e deu mais R$ 60 mil para o comitê estadual do PT. O advogado financiou como pessoa física e só viu eleito o prefeito de Passo Fundo (RS): Luciano Azevedo (PPS) recebeu R$ 25 mil. Os candidatos que disputaram a Câmara Federal e receberam doação em 2010 foram Juliano Roso (PCdoB) e Patrícia Cavalcanti (DEM), e os que tentaram vaga na Assembleia do Rio Grande do Sul são Evandro Zambonato (PSDB), Edison Bilhalva (PV), Rui Lorenzato (PT) e Diogenes Basegio (PDT). Já em 2012 receberam depósitos de Agnol os candidatos a vereador em Passo Fundo: Luiz Scheis (PDT), Rui Lorenzato (PT), Sidnei Ávila (PDT), Pedro Lima (PMDB), Gilberto Simor (PDT). Na mesma cidade, o advogado também bancou candidatos a prefeitos Luciano Azevedo (PPS) e Osvaldo Gomes (PMDB). Em Barra Funda, a candidata derrotada Candida Rossetto. Com os documentos apreendidos, a Polícia Federal rastreia o dinheiro e possíveis contas em paraísos fiscais. Já há indícios de que o dinheiro doado para as campanhas é oriundo do golpe. Acusado de reter dinheiro de indenizações de clientes contra telefônicas, Dal Agnol pode se entregar, porque já tenta habeas corpus. A Interpol e o FBI estão atrás dele. Chamou a atenção das autoridades policiais o patrimônio do foragido Maurício Dal Agnol. Indica que o golpe pode passar muito de R$ 100 milhões previstos. Além de apartamento novo em Manhattan (US$ 5 milhões), onde passava feriadões com a família, comprou há um ano um jatinho Phenom 300 da Embraer, prefixo PP-MDA. Vale US$ 10 milhões. A pujança é tamanha que não o freta, é apenas para uso pessoal. Um avião do tipo, no chão, custa por baixo R$ 50 mil por mês com hangaragem, pilotos, manutenção e taxas. (Políbio Braga)

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