domingo, 16 de março de 2014

POLÍCIA DO RIO DE JANEIRO VOLTA À GUERRA COM A BANDIDAGEM NAS FAVELAS

Agentes da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), em operação na qual investigavam a participação de adolescentes no tráfico de drogas, no complexo de favelas do Alemão, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, apreenderam grande quantidade de drogas na favela da Fazendinha. Segundo o delegado Gilson Perdigão, foram encontradas 750 cápsulas de cocaína, 4 mil papelotes contendo crack, 2 quilos de maconha e quilos (não precisou quantos) de um pó branco ainda não identificado pela polícia. A droga estava no interior de uma casa abandonada, juntamente com anotações da contabilidade do tráfico na região, que serão analisadas no decorrer do inquérito policial, acrescentou o delegado. A polícia intensificou as operações no complexo de favelas do Alemão desde a noite de quinta-feira, após traficantes terem disparado contra o contêiner que serve de base para a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Vila Cruzeiro. Os disparos levaram a polícia a fazer uma incursão em duas das favelas do complexo (Vila Cruzeiro e Parque Proletário). A polícia foi recebida a bala e, durante o tiroteio que se seguiu, o subcomandante da UPP da Vila Cruzeiro, Leidson Acácio Alves, de 27 anos, foi atingido por um disparo na cabeça, não resistiu e morreu ao dar entrada no Hospital Estadual Getúlio Vargas. Os recentes tiroteios e o recrudescimento da violência nas favelas do Complexo do Alemão levaram a polícia a aumentar as incursões na região. Durante a madrugada de sexta-feira, policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) reforçaram o policiamento no complexo de favelas, com efetivos de outras UPPs. O Secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, já havia informado, inclusive, que o policiamento no Complexo do Alemão seria reforçado. Como consequência, policiais da Companhia de Instrução do Bope foram deslocados para auxiliar no treinamento dos policiais militares que fazem o patrulhamento nas áreas ocupadas pelas UPPs. O comandante das unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), coronel Frederico Caldas, informou que a polícia faria uma grande ofensiva a partir de sábado, no Complexo do Alemão e da Penha. No Rio de Janeiro é assim, a política de segurança de José Marino Beltrame faz "guerrinha de mentirinha" com a bandidagem. Avisa antes que vai fazer operação, para que bandidos traficantes se retirem do local. “Essas operações serão desencadeadas de imediato, com as presenças do Bope e do Batalhão de Choque. A gente vai fazer, sem dúvida alguma, a maior ofensiva no Complexo do Alemão, desde que ele foi ocupado. Isso advém da necessidade de demonstração de força cada vez maior. Na medida em que houver essas reações por parte do crime organizado, o Estado vai se fazer cada vez mais presente. É uma espécie de remédio. Na mesma proporção que esses episódios forem ocorrendo, a resposta será extremamente dura”, disse o coronel. É uma tremenda lorota, nenhum bandido será preso, nenhuma arma será apreendida. É só joguinho de cena. Política inútil de segurança. Segundo ele, 100 policiais das UPPs serão treinados pelo Bope e formarão um grupo de intervenção, especializado em progressão no terreno de favelas. Com o crescimento vertical das favelas, o comandante diz que "as condições são extremamente adversas" para policiamento, "fazendo com que fiquemos em uma situação de muita vulnerabilidade. Esses treinamentos serão muito importantes". O treinamento levará pelo menos uma semana e já deveria começar no sábado (como se se treinasse uma tropa do dia para a noite): “Teremos uma tropa para pronto emprego, de imediato, no próprio terreno. O Choque fará um trabalho de reforço no entorno". Caldas reconheceu que a tropa que atua nas UPPs é pouco experiente: “Sendo muito honesto, é claro que estamos tratando de uma tropa de policiais muito jovens, muitos deles saídos das escolas em pouco tempo. Nenhum curso prepara para condições tão hostis. Ninguém consegue reproduzir um cenário tão hostil como a gente enfrenta hoje. O desafio é fazer com que os soldados estejam cada vez mais preparados".

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