terça-feira, 25 de março de 2014

PETISTA LUCIANO COUTINHO FALA SOBRE "DINHEIRODUTO" DO BNDES PARA DITADURAS NO EXTERIOR - BILHÕES (SEM LICITAÇÃO) DRENADOS PARA EMPREITEIRAS COM OBRAS NO EXTERIOR

O presidente do BNDES, o economista petista Luciano Coutinho, foi obrigado a comparecer nesta terça-feira ao Congresso Nacional para dar explicações sobre os financiamentos desse banco a projetos de infraestrutura no Exterior, nos setores rodoviário, aeroportuário, hidroviário e de logística. O “dinheiroduto” é destinado preferencialmente para países sob regimes autoritários, onde não há órgãos de controle como tribunais de contas ou ministério público. A audiência pública interativa foi realizada em conjunto pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE). O governo Lula (alcaguete a serviço do Dops paulista na ditadura militar, para o qual delatava companheiros) desenvolveu uma forma engenhosa de evitar submeter ao Senado o financiamento do BNDES para empreiteiras amigas, e sem licitação. Desde então, bilhões de dólares têm sido drenados, sem licitação, diretamente para a conta de empreiteiras brasileiras contratadas sem licitação para realizar obras, em vários países, em geral governados por ditadores. Casos de Cuba, no financiamento do porto de Mariel, e de Guiné Conacri, na África, onde o banco financia um aeroporto internacional. O financiamento do BNDES é condicionado à contratação de empreiteiras brasileiras para executar obras nos países beneficiados com juros irrisórios e generosos prazos de carência. Mas o dinheiro é pago diretamente às empresas, no Brasil. Limpo, sem licitação, sem fiscalização, sem controle. O debate foi requerido pelo senador José Pimentel (PT-CE) e pela senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS). As críticas aos investimentos no Exterior cresceram com a ida da presidente Dilma Rousseff a Cuba, no fim de janeiro, para a inauguração do Porto de Mariel, que recebeu no mínimo US$ 800 milhões do BNDES. Para o senador José Agripino (DEM-RN), o BNDES tem muitas explicações a dar, visto que os recursos recebidos do Tesouro são emprestados pelo banco a juros baixos. Além disso, observa, os investimentos nem sempre são exitosos e não são “modelos acabados de correção”.

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