segunda-feira, 24 de março de 2014

PERPLEXO, PT ATACA OPOSIÇÃO E DEFENDE PETROBRAS; É A ÚNICA COISA QUE O PT SABE FAZER

A forma como a presidente Dilma Rousseff tem conduzido o episódio sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobrás causou perplexidade e mal-estar no PT, segundo integrantes da direção do partido. O ex-presidente Lula (o alcaguete que entregava companheiros para o Dops paulista na ditadura militar, conforme Romeu Tuma Jr.) também manifestou descontentamento com a reação da presidente ao episódio. Reunida na sexta-feira, em Brasília, a cúpula petista teve dificuldades de encontrar um modelo de resolução para tratar do assunto. No fim, prevaleceu a tentativa de minimizar o impacto dos desgastes do Planalto. A idéia, a princípio, é concentrar a crise apenas na Petrobrás, com ataques à oposição, e excluindo Dilma do debate. "Mais uma vez estamos presenciando a oposição e os setores conservadores da nossa sociedade fazer ataques para atingir a imagem da Petrobrás. É importante relembrarmos que a nossa maior empresa pública foi alvo da política de privatizações no governo liderado pelo PSDB, apoiado pela elite nacional, representado por Fernando Henrique Cardoso", diz trecho do documento divulgado na sexta-feira. "O partido não vai fazer um jogo do PSDB que quer colocar a presidente Dilma no centro do palco. O PT não vai entrar nesse jogo. O povo brasileiro quer discutir política no sentido mais amplo da palavra. Eles insistem no mesmo erro de 2006 e 2010, que é acreditar que essa via denuncista faz o partido crescer", afirmou o ex-presidente do PT, deputado federal Ricardo Berzoini (SP), aquele que presidiu essa flor de negócio chamado Bancoop, e que foi patrão de Rosemary Noronha (a amiguinha íntima de Lula) no sindicato dos bancários de São Paulo. Nos bastidores, os líderes petistas críticos ao estilo de Dilma classificaram a resposta da presidente, dada na terça-feira, como mais um episódio no "conjunto da obra" de supostas inabilidades políticas da presidente, ao lado da crise com o PMDB na Câmara e a reforma ministerial. Em conversas reservadas, os críticos de Dilma usaram termos como "sincericídio" e "desastre".

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