domingo, 2 de março de 2014

DIRIGENTE NACIONAL DO PT QUER SE VINGAR DE FUNCIONÁRIA DO GOVERNO DE BRASÍLIA QUE DENUNCIOU SEU MARIDO POR ASSÉDIO SEXUAL

Mulher do ex-subsecretário de Promoção de Igualdade Racial do governo do Distrito Federal, Moredison Ramos Cordeiro, que foi exonerado após ser denunciado à polícia por assédio sexual, a secretária nacional de Combate ao Racismo do PT, Cida Abreu, quer a forra: ela pressiona o governador Agnelo Queiroz (PT) a demitir o secretário da pasta, Viridiano Custódio de Brito, e ser nomeada em seu lugar. Moredison Cordeiro foi denunciado à Delegacia da Mulher por assédio sexual contra uma assessora. Em um texto em que não omite nem mesmo os insultos, a moça descreveu as barbaridades ouvidas na sala do chefe. A assessora, que estava grávida e é casada, ainda contou à polícia que chegou a pedir para ser remanejada dentro do órgão devido ao assédio, que tinha se tornado cada vez mais frequente durante um ano em que trabalharam juntos. Ela ainda ressalta às agentes de polícia que teme sofrer retaliações no retorno ao trabalho. Se a mulher de Moredison assumir o cargo titular da secretário, as possibilidades de retaliação podem ser confirmar. Mãe de cinco filhos, a assessora chorava só de pensar em ter que vê-lo no trabalho. Moredison se disse “surpreso” e sugeriu ser “vítima” de uma “rasteira política”. A mulher negra, de 40 anos, corpo emoldurado, revelou-se indignada. “Nada dá a ele o direito de me tratar com aquela falta de respeito”, contou com os olhos lacrimejando. O tratamento desrespeitoso interferiu na família e só não estremeceu o casamento porque diz ser construído em base sólida. Mas ela foi obrigada a lidar com o interesse e as vulgaridades do chefe. Cansada, a mulher procurou a Delegacia da Mulher e denunciou Moredison. “Não tem cunho político, a denúncia é de uma mulher que não aguentava mais ser tratada daquela forma”, conta ela. O secretário-adjunto, José Alves, reconhece que ela pediu por duas vezes para trocar de setor, mas não teria justificado o motivo. A Ouvidoria do governo prometeu que investigaria o caso, mas nunca divulgou suas conclusões. (Claudio Humberto)

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