quinta-feira, 20 de março de 2014

DIRETOR DA PETROBRAS ACUSADO PELA PETISTA DILMA ROUSSEFF JÁ "FUGIU" PARA LUGAR INCERTO E NÃO SABIDO, NA EUROPA

Ex-diretor da Área Internacional da Petrobrás, Nestor Cerveró viajou na quarta-feira à Europa de férias, segundo pessoa próxima ao atual diretor financeiro da BR Distribuidora. Em sua gestão na estatal, ele defendeu a compra da Refinaria de Pasadena e foi o responsável pelo "resumo executivo" sobre o negócio elaborado em 2006. Na terça-feira, a presidente Dilma Rousseff, que naquela época era ministra da Casa Civil e comandava o Conselho de Administração da Petrobrás, disse que só apoiou a compra de 50% da refinaria porque recebeu "informações incompletas" de um parecer "técnica e juridicamente falho". Ela se referia ao "resumo executivo" de Cerveró. No início da tarde de quarta-feira, Cerveró já havia deixado sua residência em direção ao aeroporto do Rio de Janeiro. O país de destino do ex-diretor ainda não é conhecido. Funcionário da Petrobrás desde 1975 e com formação em engenharia química, Cerveró assumiu o posto de diretor internacional da companhia no início de 2003, primeiro ano do governo do alcaguete Lula (delatava companheiros para o Dops paulista, conforme o delegado Romeu Tuma Jr.). Ele foi indicado pelo senador Delcídio Amaral (PT), dentro da cota petista de cargos na estatal. Também recebeu a bênção do bandido petista mensaleiro José Dirceu, que naquele ano chefiava a Casa Civil. Ainda no início de 2003, José Sérgio Gabrielli foi nomeado diretor financeiro e de relações com investidores. Em 2005, Gabrielli assumiu a presidência da empresa estatal, função que ocupou até 2012. Em 2008, em meio a uma disputa política entre PT e PMDB na Petrobrás, Delcídio perdeu a queda de braço e Cerveró teve de deixar o cargo, que foi depois ocupado por Jorge Zelada. O seu substituto seria indicado pelo PMDB. O ex-diretor foi então deslocado para a diretoria financeira da BR Distribuidora. Delcídio negou ser o responsável pela indicação de Cerveró. "Em 2003 fui consultado pelo governo sobre o nome de Cerveró para a diretoria e não vi nenhum óbice, era um funcionário de carreira da empresa", afirmou o petista. Cerveró começou na Petrobrás pelo setor de refino. Foi assessor da presidência para desenvolvimento de novos negócios. Na área de gás e energia, ocupou as funções de diretor gerente e gerente de Termelétricas na Superintendência de Participações.

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