sexta-feira, 21 de março de 2014

APÓS ATAQUE A FAVELAS "PACIFICADAS", GOVERNADOR SÉRGIO CABRAL PEDE SOCORRO EM BRASÍLIA; ELE SAI CORRENDO DO RIO DE JANEIRO PARA PEDIR AJUDA ÀS FORÇAS FEDERAIS

O governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, viajou às pressas nesta sexta-feira para Brasília, com o objetivo de pedir socorro ao governo federal para a guerra contra traficantes. Na noite de quinta-feira, bandidos fortemente armados atacaram a tiros e queimaram três UPPs (Unidades da Polícia Pacificadora), ferindo três policiais. A idéia de Sérgio Cabral, segundo fontes do governo carioca, é pedir ajuda de forças federais para enfrentar os traficantes. Uma das UPPs foi incendiada e seu comandante, baleado. Outro PM foi ferido com uma pedrada. Dois suspeitos foram baleados e um deles foi preso. O tumulto começou na UPP de Manguinhos, por volta das 18h30. Policiais da unidade tinham ido até um prédio abandonado, que havia sido ocupado por invasores, com a intenção de cumprir uma ordem de desocupação. A retirada dos invasores começou pacífica, mas um grupo passou a atacar os policiais com pedradas. Um soldado foi ferido a pedrada e o tumulto aumentou, exigindo a intervenção do Batalhão de Choque. Traficantes se aproveitaram da confusão e atacaram policiais e a sede da UPP. Houve troca de tiros, durante a qual o capitão Gabriel de Toledo, comandante da UPP, foi baleado na coxa direita. Criminosos também atacaram dois carros da PM e o contêiner onde funcionava a UPP, ateando fogo a eles. O incêndio atingiu a rede elétrica e deixou sem eletricidade parte do conjunto de favelas, composto por 13 comunidades. Em nota, o governo do Estado do Rio de Janeiro afirmou que mantém “o firme compromisso assumido com as populações das comunidades e com a população de todo o Estado do Rio de Janeiro de não sair, em hipótese alguma, desses locais ocupados e manter a política da pacificação”. Ataques de criminosos a policiais e sedes de UPPs têm se tornado cada vez mais frequentes. Toledo foi o segundo oficial de UPP baleado neste mês. No dia 13, o subcomandante da UPP da Vila Cruzeiro, Leidson Alves, de 27 anos, morreu baleado na testa, no Parque Proletário, na Penha (zona norte). Desde que as UPPs começaram a ser implantadas, em 2008, 11 policiais que atuavam nessas unidades foram mortos.

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