quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

PGR SE APRESSA PARA PEDIR A EXTRADIÇÃO DO BANDIDO PETISTA MENSALEIRO HENRIQUE PIZZOLATO

A Procuradoria-Geral da República prevê concluir na próxima semana a tradução do português para o italiano de 70 páginas do processo do Mensalão do PT referentes ao ex-diretor do Banco do Brasil, o bandido petista mensaleiro Henrique Pizzolato. Esse será o primeiro passo para dar início ao pedido de extradição do petista, condenado por envolvimento no esquema. O governo brasileiro tem até o dia 15 de março para remeter à Itália solicitação para que ele cumpra pena no Brasil. O prazo começou a contar no dia 5 de fevereiro. Pizzolato estava foragido até a semana passada, quando foi preso em Maranello, na casa de um sobrinho. Ele deixou o Brasil após ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal a pena de 12 anos e 7 meses de prisão em regime fechado. Com dupla cidadania, Pizzolato tenta escapar da punição pedindo um novo julgamento na Itália. O Secretário Nacional de Justiça, o petista Paulo Abrão, afirmou que o tratado de extradição entre Brasil e Itália prevê que todo o processo, de oito mil páginas, seja enviado aquele país, traduzido, mas nada impede que a Itália atenda a um pedido do Brasil para encaminhar o restante da documentação posteriomente, devido ao prazo exíguo para a realização da tarefa. "Isso é uma praxe. Pode ser que, eventualmente, se não conseguirmos traduzir a tempo essas mais de oito mil páginas, se encaminhe parcialmente e se solicite que a Itália aceite isso. Mas ficará no âmbito decisório da Itália", afirmou Abrão. Os documentos são traduzidos por uma empresa contratada pela Procuradoria-Geral da República. O custo da tradução ainda não foi calculado, mas se forem mesmo 70 páginas, o trabalho sairá por R$ 3.640,00. Após a tradução do processo, a Procuradoria-Geral da República encaminhará ao Supremo o pedido de extradição que, por sua vez, o remeterá ao Ministério da Justiça. Caso concorde, a demanda é enviada ao Ministério das Relações Exteriores, que remete ao seu similar na Itália e, enfim, à Justiça italiana.

Nenhum comentário: