quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

LOBÃO E ONS BATEM CABEÇA SOBRE RISCO DE RACIONAMENTO

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, contrariou o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, ao dizer que não há probabilidade de desabastecimento de energia elétrica no País neste ano, e tampouco racionamento. "Problema de abastecimento não haverá, em nenhuma circunstância", disse Lobão. Na terça-feira, Chipp havia declarado que poderia haver desabastecimento de energia elétrica se os reservatórios das hidrelétricas do principal sistema gerador (Sudeste/Centro-Oeste) ficassem abaixo do nível de 43% da capacidade no fim de abril. Atualmente, estão em 35%. O ONS teme que os volumes não sejam suficientes para abastecer normalmente o País ao longo do período de estiagem, entre maio e novembro. Contradizendo o técnico, Lobão afirmou que tal patamar de armazenamento (43%) "é confortável", mas disse que, mesmo que não se chegue a esse nível, não haverá desabastecimento. O suprimento, segundo o ministro, seria assegurado pelas usinas termelétricas, que geram energia mais cara e têm pesado sobre as contas do governo. O ministro não mencionou, contudo, que mesmo as térmicas operam em sua capacidade máxima de geração. Logo após o apagão que deixou 13 Estados brasileiros no escuro, no início de fevereiro, Chipp aventou a possibilidade de um raio ter causado o incidente. A presidente Dilma e o ministro Lobão rapidamente se pronunciaram para negar a informação.No primeiro mês do ano, o segundo pior janeiro em 83 anos, a capacidade dos reservatórios ficou em torno de 30.100 megawatt (MW) médio, o equivalente a 55% da média histórica (56.400 MWmed). Se a situação perdurar até abril, o país passará pelo pior período de seca desde 1955.

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