domingo, 16 de fevereiro de 2014

INFLAÇÃO DE PRODUTOS TÍPICOS DO VERÃO FICA ACIMA DO ÍNDICE OFICIAL

Nos últimos 12 meses, os produtos de alto consumo no verão subiram mais do que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que está em 5,59%. A chamada “inflação de verão”, divulgada na sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), ficou em 8,61%. O economista responsável pelo levantamento, André Braz, destaca que o maior aumento foi no preço das bebidas, e diz que isso não é efeito apenas do forte calor que tem feito desde o início do ano. Ou seja, não é um aumento sazonal. “Esses aumentos não aconteceram exclusivamente no verão de 2014, são aumentos que aconteceram do verão passado ao atual. Então, em relação a 2013, bebidas de vários tipos, como chopp, cerveja, refrigerante, água, subiram mais do que a inflação média, até mais de 10% em alguns casos”. No acumulado de 12 meses, até janeiro de 2014, a erva-mate ficou 67,75% mais cara. No consumo fora de casa, os sucos de fruta subiram 13,83%, cervejas e chopes tiveram 10,92% de aumento, enquanto refrigerantes e água mineral ficaram 9% mais caros. Para a compra nos supermercados, houve aumento de 16,16% nas polpas de fruta; de 11,69% nas cervejas; e de 9% nos refrigerantes e nas águas. Item fundamental para encarar o sol, o protetor solar ficou 8,48% mais caro. Por outro lado, o preço de ar-condicionado subiu 3,77% e os ventiladores e circuladores de ar ficaram 2,27% mais caros. De acordo com Braz, a concorrência pode ter segurado os preços. “É um efeito de mercado. Pode ser que você tenha, dentro desse segmento, concorrência entre modelos; você tem tecnologias diferentes; tem aqueles de janela; os que são externos. Uma mesma marca tem vários modelos, de potências variadas, então essa multiplicidade de marcas e modelos também ajuda a conter um pouco o avanço de preços, mesmo no contexto de maior demanda”. O serviço de academia de ginástica ficou 6,38% mais caro, hotéis subiram 8% e as passagens aéreas aumentaram 6,75%.

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