sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

CRIMÉIA MARCA REFERENDO SOBRE FUTURO DA REGIÃO

Após milícias armadas pró-Rússia tomarem nesta quinta-feira as sedes do Parlamento e do governo da Crimeia, ao sul da Ucrânia, os parlamentares locais anunciaram que uma consulta popular sobre a independência da região será realizada no dia 25 de maio, mesmo dia para o qual estão previstas eleições presidenciais no país. A pergunta a ser feita aos votantes será se a república autônoma deve continuar a ser parte da Ucrânia com base em acordos e tratados ou deve possuir independência governamental. A data das eleições presidenciais foi definida pelo Parlamento ucraniano no último sábado, quando também foi votada a destituição do presidente Viktor Yanukovich. O presidente Vladimir Putin ainda não respondeu aos chamados da população de etnia russa na Criméia para reclamar o território que foi transferido pelo líder soviético Nikita Kruschev, em 1954. Por outro lado, o Kremlin discutiu novas regras para facilitar a concessão de passaportes para esses habitantes e passou a alertar sobre a necessidade de proteger os direitos desses cidadãos em meio ao caos no país – em declarações semelhantes àquelas que precederam a invasão à Geórgia, em 2008, com o argumento de que exercia seu direito de proteger os russos que residiam na região separatista da Ossétia do Sul. A Criméia conta com 2 milhões de habitantes, sendo quase 60% de etnia russa, 25% ucranianos e 12% tártaros. Foi na república autônoma que Yanukovich, foragido da Justiça, foi visto pela última vez no início desta semana. Nesta quinta-feira ele anunciou ter pedido ajuda à Rússia, que atendeu à solicitação. As tensões na região estão elevadas desde que o presidente foi tirado do poder.

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