terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

BELTRAME ADMITE NO RIO DE JANEIRO QUE QUE CONSEGUE CONTROLAR OS TRAFICANTES NOS MORROS COM UPPs

Depois de uma semana de ataques às Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), o secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, admitiu que há dificuldades para manter a segurança e o controle em algumas das favelas da capital. O secretário fez referência à Rocinha, na Zona Sul, e aos complexos do Alemão e de São Carlos, na Zona Norte. Na tarde de domingo, uma soldado da Polícia Militar morreu baleada em um ataque à UPP do Parque Proletário, no Complexo da Penha, que fica ao lado do Alemão. Outras três pessoas, entre elas um PM, ficaram feridas por tiros. “Alemão, Rocinha e São Carlos estão entregues aos chefes do tráfico há muito tempo”, disse Beltrame, logo após a posse do novo chefe de Polícia Civil, delegado Fernando Veloso. De acordo com o secretário, existem áreas que enfrentam maior resistência ao processo de pacificação. As áreas citadas pelo secretário enfrentaram problemas recentemente. A delegacia de polícia recém-criada no Alemão, a 45ª DP, foi atacada com coquetéis molotov na tarde de sexta-feira. Dois carros particulares de policiais lotados naquela unidade foram atingidos. No sábado, veículos incendiados amanheceram nas proximidades do complexo de favelas. Na Rocinha, maior favela da Zona Sul da cidade, policiais da UPP estão envolvidos no caso de maior repercussão do ano passado: o desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, em 14 de julho. Vinte e cinco policiais foram denunciados por participação no crime, que tem desde tortura e cárcere privado até tentativas de prejudicar o trabalho da Justiça, com adulteração de provas e manipulação de depoimentos.

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