quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

ALEXANDRE TOMBINI NEGA RISCO DE BOLHA DE CRÉDITO NO BRASIL

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que o governo trabalha há três anos para proteger o Brasil da volatilidade do mercado internacional e de um possível estouro de bolha, como acredita o economista Paul Krugman, famoso por seus prognósticos de crises. O presidente do Banco Central destaca que o governo tem trabalhado para conter a expansão dos empréstimos no mercado interno, prevenindo, assim, uma bolha de crédito. "Se ainda tivéssemos o crédito crescendo 30%, 40% ao ano, aí sim, Paul Krugman teria razão em temer pela nossa economia. Mas seguramos nossos excessos", afirma. Krugman, Nobel de Economia, disse no fim de janeiro em sua coluna no jornal The New York Times que a bolha dos países emergentes parece estar estourando. Isso, após países como Argentina, Indonésia, Turquia, Índia e África do Sul registrarem fortes desvalorizações de suas moedas frente ao dólar, em reação à retirada de estímulos do Federal Reserve. Com as perspectivas para a economia americana melhorando e a possibilidade de aumento dos juros, o que se viu foi a saída maciça de dinheiro de países emergentes. Isso fez com que diversos bancos centrais reagissem aumentando juros e as bolsas mundiais refletissem o temor de contágio em todos os emergentes. Tombini, porém, é categórico em dizer que o Brasil está protegido da turbulência que dominou os emergentes no último mês. "Tomamos medidas, nos últimos três anos, para desacelerar a entrada de recursos externos. Era uma preparação para a saída de dólares após a retirada de estímulos do Fed, porque sabíamos que esse fluxo era atípico, tinha prazo de validade", disse. Em sua opinião, não se pode confundir ajuste com fragilidade. O que se vê é a necessidade de ajustes de ativos financeiros, como as moedas e taxas de juro, ao novo cenário de recuperação das economias desenvolvidas. Para ele, a postura atual do Fed é positiva porque evidencia uma melhora na economia internacional e, portanto, traz boas expectativas para o comércio exterior do Brasil.

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