quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

ACIONISTAS MINORITÁRIOS PEDEM EXCLUSÃO DA OGX DO NOVO MERCADO NA BM&FBOVESPA

O grupo de acionistas minoritários que vem entrando com ações na Justiça contra Eike Batista pediu na semana passada à BM&FBovespa a exclusão da ex-OGX, hoje Óleo e Gás Participações (OGPar), do Novo Mercado, o mais alto grau de governança corporativa do mercado de capitais brasileiro. Por mais incrível que possa parecer, a companhia que entrou com pedido de recuperação judicial no final do ano passado, ainda consta no mesmo patamar de governança que bancos como o Bradesco. Isso dá uma amostra da confiabilidade do tal Novo Mercado, uma empulhação absoluta, sem qualquer transparência. Segundo Aurélio Valporto, representante do grupo de acionistas, a empresa feriu diversas regras do segmento, como a transparência, a proibição de negociação com valores mobiliários de sua emissão, utilização de informação relevante ainda não divulgada ao mercado e indução do investidor ao erro. "Entendemos que o único motivo da Bovespa manter OGPar ainda listada no Novo Mercado é proteger o Eike, para ele não fazer a recompra das ações. Isto é mais um indício de que a BM&FBovespa está envolvida nas fraudes", afirma Valporto. O regulamento da BM&F Bovespa prevê que o controlador de empresa que deixa o Novo Mercado deverá fazer oferta de recompra de ações dos acionistas minoritários "a valor econômico das mesmas". A bolsa brasileira nunca precisou excluir nenhuma empresa do Novo Mercado em seus mais de 12 anos de história. O caso da OGPar, segundo o ombudsman da BM&FBovespa, Izalco Sardenberg, pode levar de 30 a 45 dias corridos para ser analisado pelos técnicos da área de Regulação de Emissores.

Nenhum comentário: