segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

TRIBUNAL DE JUSTIÇA GAÚCHO EXAMINA HOJE LISTA SEXTUPLA DA OAB PARA VAGA DE DESEMBARGADOR; OAB INCLUIU NOME DE SÉRGIO BLATES, QUE É APONTADO EM LIVRO DE JOÃO LUIZ VARGAS COMO ORIGINADOR DA "CONSPIRAÇÃO RODIN"

O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, composto por 25 desembargadores, reúne-se a partir das 14 horas desta segunda-feira com duas pautas: administrativa e jurisdicional. Ambas têm um ponto em comum: o nome do advogado Sérgio Blattes, de Santa Maria. Na parte da pauta administrativa, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça vai examinar a lista sêxtupla enviada pela OAB-RS da qual sairá a lista tríplice escolhida pelos magistrados, a qual será encaminhada ao governador, o peremptório petista Tarso Genro, para a escolha do nome do desembargador representante do Quinto Constitucional. Nessa lista sêxtupla aparece o nome do advogado Sérgio Blattes, de Santa Maria. Ele é considerado "pule de dez" para sair nomeado desembargador pelo peremptório petista "grilo falante" Tarso Genro. Sérgio Blattes também aparece na segunda pauta da sessão, a jurisdicional. Ali, um dos processos a ser examinado contesta ato da Corregedoria do Tribunal de Justiça, que desconsiderou imposições legais de reserva de vagas para cotistas por força de lei (vagas para deficientes e negros). O edital foi contestado, os advogados dos impugnantes foram incisivos, e os membros da comissão de concurso para notariais sentiram-se ofendidos, e promoveram ação criminal contra os autores da ação. Entre os membros da comissão está o advogado Sérgio Blattes, representando a OAB. O sentimento de muitos advogados é que ele foi colocado nessa comissão de concurso justamente para que fosse se "intimizando" com desembargadores, e assim avançasse na inclusão de seu nome na lista tríplice a ser enviada ao governador, o peremptório petista "grilo falante" Tarso Genro. As pessoas que contestam os atos da comissão de concursos do Tribunal de Justiça são advogados. Assim, o advogado Sérgio Blattes processa colegas advogados porque tiveram a ousadia de contestar os atos da comissão de concurso notarial. Mas, pior do que isso: ele será processado, em contrapartida, por denunciação inepta, porque, conforme advogado informou a Videversus, ele não apontou as expressões que o ofenderam, como determina a lei. Como se vê, a sua colocação na comissão de concurso contribuiu para a criação de um grande imbroglio. João Luiz Vargas, ex-deputado estadual e ex-presidente da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, que também foi conselheiro e presidente do Tribunal de Contas do Estado, bate firme em Sérgio Blattes no seu livro lançado no ano passado, chamado "Conspiração - a arte de destruir reputações", mostrando as vinculações do mesmo desde a origem ao esquema político-policial comandado pelo então ministro da Justiça, o peremptório petista "grilo falante" Tarso Genro. Diz João Luiz Vargas, na página 255 de seu livro (https://drive.google.com/file/d/0B8_RBOFhHrDUQnNLV3c4bjNPSkVhTUJjaXdtYnBJS3JzcGx3/edit?usp=sharing): "Eu, presidente do TCE-RS, sempre procurei atender a pedidos do D. Ivo. Solicitei audiência ao ministro da Justiça, o santamariense Tarso Genro. No dia agenda, estivemos no gabinete do ministro. Expusemoas a idéia, Tarso prometeu apoiar e articularia a reunião com outros ministérios. Na despedida, saudou o prof. Fernandes, chamando-o carinhosamente de Toninho, diminutivo do segundo nome, José Antonio. Na saída do Palácio do Planalto, o prof. Fernandes nos alertou para a importância da conduta cotidiana de cada um, visto que estávamos visitando o palácio presidencial. Tenho para mim que, ao virarmos as costas, Tarso começou a conspirar. Primeiro puxou a lingua do Carlson para saber nos mínimos detalhes como funcionava a Pensant, pois sabia que a cabeça técnica privilegiada de Fernandes não se subordinaria ao seu projeto político de ser governador. A Pensant, empresa com corpo técnico qualificado na área do conhecimento, já havia demonstrado do que era capaz em 28 meses de trabalho na prefeitura de Canoas. O deputado Estilac, no passado (década de 1980), muito ligado a Fernandes na Universidade Federal de Santa Maria, conseguiu oportunidade de trabalho na Fundae para a esposa do seu chefe de gabinete na ALRS, com a interveniência de foa-fé de Fernandes. O enredo do Pensador de Rodin, personalizado em Fernandes, estava concebido. Gigantesca ingratidão de Tarso em relação a Fernandes, de quem se dizia amigo e para quem autografou, em 1985, livro de sua autoria, declarando afeto. Em Santa, o pró-homem do dep. Fabiano Pereira é Sérgio Blattes (ex-ARENA, ex-PDS e ex-PMDB). Fabiano viria ser secretário de Tarso. Instruiu Blattes a atuar no meio religioso e procurar dominar o Conselho Superior da Fundae. A recompensa - transformar em honorários seus, de seus escritórios e pessoas jurídicas ligadas ao PT de Santa Maria (empresas de comunicação) os recursos livres da Fundae. Com o Bispo morto, era só seduzir Mário Gaiger com dinheiro. Em reunião no gabinete do reitor, ficou decidido afastar da Fundae o prof. Luis Gonzaga Isaia com a justificativa de "ele só vai atrapalhar, é muito correto e leal à Igreja". Dois dias antes da operação, uma pessoa não identificada, informou em sigilo a pessoa ligada à Igreja de Santa Maria sobre operação policial contra a Fundae, esclarecendo "não se preocupem, é coisa política, e o Blattes vai cuidar de tudo". A pessoa plantada por Estilac na estrutura da Pensant pediu demissão antes da operação. Repetindo 1964, os golpistas de Santa Maria novamente conspiraram, desrespeitando a memória do Bispo da Esperança, referência nacional na defesa dos direitos humanos. O professor Silvestre Selhorst em depoimento, em juízo, declarou: "Em reunião do Parque Tecnológico de Santa Maria, quando sugerido o nome da Fatec para integrá-lo, um empresário gritou: "A Fatec não! A Polícia Federal descobriu lá uma fraude milionária e é questão de dias para estoura tudo". Este assunto foi reportado a Silvestre por um servidor da Reitoria. Disse Silvestre, no depoimento em juízo: "Tenho para mim que a polícia atuava com o empresário (Ricardo Diaz, presidente do Comitê de Empreendedorismo e dono da Casa das Fechaduras) e Clóvis Lima com o Ministério Público Federal, plantando informes ou telefonando com perguntinhas capciosas para depois editar conversas com a palavra "propina". O reitor Lima várias vezes me disse "sou assim com os procuradores federais, impossível algo me acontecer", esfregando os dois dedos indicadores. Concluiu Silvestre". Sérgio Blattes atua como advogado na Operação Rodin, defendendo a Fundae e também seu presidente, Mário Gaiger, desfrutando de honorários de 20%. Ganhou muito dinheiro liberando recursos da Fundae que tinham sido indisponibilizados pela juíza inicial da Operação Rodin, Simone Barbisan Fortes. As ligações de Sérgio Blattes com o PT são efetivas. Ele chegou a ter um filho nomeado no gabinete do deputado federal Paulo Pimenta. Mas, hoje, suas vinculações são com o deputado estadual petista Fabiano Pereira. A mudança de apadrinhamento político parece ter uma origem prosáica: desentendimento entre grupos, ou bandos, que acabaram inclusive se agarrando a soco, pontapés e instrumentos nas ruas de Santa Maria, como foi narrado a Videversus por um empresário e político local. A Operação Rodin, uma investigação tipicamente político-policial montada pelo PT e chefiada pelo peremptório petista Tarso Genro, foi o primeiro passo para a destruição da vida em Santa Maria. Foi profanada a Universidade Federal, vasculhada por policiais ao arrepio da Constituição brasileira. As fundações de apoio à universidade (Fatec e Fundae) foram destruídas. A universidade perdeu contratos de financiamento de pesquisa e outros trabalhos equivalentes a 2 bilhões de reais; mas de 3.000 empregos foram dizimados nos projetos da universidade desenvolvidos pelas fundações de apoio assim que a operação político-policial foi detonada. A Operação Rodin começou com a assassinatos de reputações e produziu a morte em larga escala em Santa Maria. Para culminar, não poderia ser mais emblemática a data em que o nome de Sérgio Blattes vai a exame para tentar uma vaga de desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Hoje, 27 de janeiro de 2014, registra um ano do assassinato de 242 jovens em Santa Maria na assassina boate Kiss. Esta boate só funcionava pela permissão do governo do peremptório petista Tarso Genro, do corpo de bombeiros, do qual ele é comandante supremo. A Operação Rodin é o parto da boate assassina Kiss. No auditório do Orgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado, a partir das 14 horas, neste horrendo dia 27 de janeiro, o advogado Luiz Francisco Correa Barbosa (juiz de Direito aposentado), fará defesa no julgamento de incidente de inconstitucionalidade da Lei Carrion (70.057.658.593), que institui a reserva de cotas para negros e pardos, na proporção de sua existência no Rio Grande do Sul, segundo o IBGE, não observada no aberto Concurso para 180 vagas de notários e registradores, por pressão do CNJ em todo o Brasil e questionada em mandado de segurança de interessados.Os candidatos pedem a  obediência à referida Lei, aprovada no Legislativo e sancionada pelo governador, o peremptório petista "grilo falante" Tarso Genro. O desembargador relator opôe que isso é matéria exclusiva de lei de iniciativa do Judiciário, para manter a situação. Se não for superado o obstáculo, a situação somente se repetirá depois de 30 anos, com monumental histórico para a população negra do Rio Grande do Sul. O ex-governador Alceu de Deus Collares prometeu que estará presente no julgamento. Também se comprometeu a estar presente o senador petista Paulo Paim, que já fez duro pronunciamento crítico contra isso da tribuna do Senado. O advogado Luiz Francisco Correa Barbosa fará sustentação oral. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul corre o risco de notabilizar como racista. Se o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul não reparar essa injustiça nesta data, o Dia Internacional de Memória do Holocausto, estará contribuindo objetivamente para perpetuar por no mínimo duas gerações a segregação e o preconceito contra os negros no Estado. E não terá como deixar de ser comparado à nefasta ação dos nazistas com suas leis racistas de Nuremberg.

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