sábado, 18 de janeiro de 2014

POLÍCIA FEDERAL PEDE QUEBRA DE SIGILO BANCÁRIO DO BANDIDO PETISTA MENSALEIRO FORAGIDO HENRIQUE PIZZOLATO

A Polícia Federal pediu a quebra do sigilo bancário e da movimentação do cartão de crédito do bandido petista mensaleiro foragido Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil, condenado a prisão por participação no esquema do Mensalão do PT. Só agora?!! O pedido foi feito ao Supremo Tribunal Federal após a fuga de Pizzolato para a Itália no último dia 15 de novembro, quando a Corte decretou sua prisão. A quebra de sigilo abrange apenas movimentações financeiras em território nacional e é mais um passo na busca por informações sobre o paradeiro de Pizzolato. Por que não foram pedidos os bloqueios de eventuais contas dele no Exterior, se já está condenado em última instância no Brasil? O que é isso? É proteção ao bandido petista? A Polícia Federal ainda não foi comunicada se o pedido foi acolhido ou não pelo Supremo. Em outra frente, os investigadores descobriram uma conta corrente operada pelo ex-executivo na Suíça, com saldo de cerca de 1,8 milhão. A conta teria sido movimentada por Pizzolato após ter sua prisão decretada, mas continua ativa. Para o governo brasileiro, o saldo da conta corrente mostra que a fuga de Pizzolato foi "muito bem planejada". A quebra do sigilo pode ajudar a Polícia Federal a mapear todos os passos do ex-diretor do Banco do Brasil. A Polícia Federal já sabe que ele está na Itália, mas depende de colaboração da polícia do país europeu para prendê-lo. Pizzolato possui dupla cidadania, o que garante a ele o direito de permanecer no território italiano. A investigação sobre Pizzolato é tocada em sigilo pela recém-criada coordenação de rastreamento e captura da Polícia Federal. Uma equipe de seis policiais trabalha no caso. A Polícia Federal também conta com a ajuda da Interpol, organização internacional que reúne polícias de vários países. A instituição não comentou ontem o pedido de quebra de sigilo. Pizzolato foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no julgamento do mensalão, pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e peculato. As investigações concluíram que ele recebeu R$ 326 mil de propina para favorecer uma das empresas de Marcos Valério em contratos com o Banco do Brasil. Como ex-diretor do banco, Pizzolato participou do desvio de aproximadamente R$ 74 milhões do Fundo Visanet para alimentar o esquema do de corrupção. Integrantes da oposição cobraram que as investigações sejam aprofundadas. O líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), disse que é preciso apurar se existem outras contas abertas no Exterior. "Tem que ir mais a fundo, saber de contas no Exterior dos outros condenados. Porque mensaleiro faz o que faz, tem dinheiro fora do País, foge e, aos olhos das autoridades brasileiras, não há uma investigação para valer", afirmou. Para o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), o ex-diretor do Banco do Brasil é um exemplo do perfil do administrador público escolhido pelo PT. "Dá para medir a qualidade dos quadros do governo do PT pelo Pizzolato. É um exemplo dos tipos que o governo do PT arregimenta para a administração. Quantos Pizzolatos existem por aí?", questionou.

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