terça-feira, 7 de janeiro de 2014

PETROBRAS FECHA PREÇO DE BÔNUS EM EUROS E LIBRAS PARA FINANCIAR INVESTIMENTOS

A Petrobras fechou nesta terça-feira o preço da emissão internacional de bônus (títulos com rendimento fixo) em euros e libras, que irá reforçar o combalido caixa da empresa para 2014. Ao todo foram 3,05 bilhões em euros (cerca de R$ 10 bilhões) em três "tranches" (operações), e uma tranche de 600 milhões em libras esterlinas (cerca de R$ 2,4 bilhões). A Petrobras investe US$ 47,3 bilhões por ano, segundo o plano de negócios 2013-2017, que está em revisão. De acordo com a presidente da companhia, a petista Graça Foster, o próximo plano (2014-2018) manterá esse patamar ou cairá "um pouco". Pelo plano de negócios, a empresa tem uma necessidade de captação bruta (para novas investimentos e pagamento de dívidas antigas) da ordem de US$ 12,3 bilhões por ano. No ano passado, a empresa captou em maio US$ 11 bilhões em bônus internacionais. A operação, a de mais alto valor feita por uma companhia de país emergente, foi em seis partes, com vencimentos entre 3 e 30 anos. Até então, o recorde de uma empresa de país emergente era da estatal venezuelana PDVSA (também do setor de petróleo): US$ 7,5 bilhões em 2007. O plano 2013-2017 da Petrobras, no total de US$ 236,5 bilhões por cinco anos prevê a execução de 947 projetos. A empresa vem enfrentando dificuldades de caixa por não conseguir repassar os preços do petróleo e derivados que compra no mercado internacional para o mercado interno. Apesar de lucrativa, as importações reduzem os ganhos da companhia, que conta com a venda de ativos e estratégias contábeis para evitar maiores perdas. Os prazos para a emissão em euros são de quatro, sete e 11 anos, enquanto a emissão em libra terá vencimento em 20 anos. Os preços pagos para a Petrobras aos investidores que se interessarem pela operação ficou acima da última captação da empresa em euros, em 2012, mas acompanhou a alta generalizada das emissões de países emergentes. Os bônus em euros para vencimento em 2018 darão ao investidor um rendimento de 2,829%, com pagamento de juros a cada 15 de janeiro, a partir de 2015. Os bônus com vencimento em 2021 darão ao investidor rendimento de 3,849%, com juros pagos a partir de janeiro de 2015. Já a emissão com vencimento em 2025 terá rendimento de 4,845%, também a partir de 14 de janeiro de 2015. A emissão em libras esterlinas terão vencimento em 2034 e renderá 6,732% ao investidor, com pagamento de juros a partir de 2015. Os coordenadores da operação foram BB Securities Limited, BNP Paribas, Banco Bradesco BBI, Crédit Agricole Corporate and Investment Bank, HSBC Bank, JP Morgan e Mizuho Internacional. Também participaram o Bank of China e o Standard Chartered Bank.

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