domingo, 26 de janeiro de 2014

OGX PODE PERDER BLOCOS ARREMATADOS EM LEILÃO

A Óleo e Gás Participações (ex-OGX) informou em comunicado ao mercado ter prestado esclarecimentos à Agência Nacional de Petróleo (ANP) referentes à comprovação de adimplência (em dia com as obrigações financeiras) e capacidade financeira para continuar nos consórcios de explorações obtidos em leilões. O prazo para a entrega dos documentos venceu na sexta-feira depois de já ter sido prorrogado uma vez - o primeiro vencimento foi em 6 de janeiro, mas, a pedido da empresa, foi modificado. Se a documentação não estiver em dia ela pode perder o direito de explorar os blocos que arrematou. As áreas em questão são os blocos ES-M-472, ES-M-529, ES-M-531, localizados na Bacia do Espírito Santo e os campos de Atlanta e Oliva, localizados no BS-4, na Bacia de Santos. Nestes últimos campos, a companhia tem parceria com a Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) e a Barra Energia. Em processo de recuperação judicial, a Óleo e Gás Participações apresenta dificuldades de caixa. A empresa tem dívida de 5,8 bilhões de dólares dividida entre detentores de bônus internacionais (3,8 bilhões de dólares), a OSX (1,5 bilhão de dólares) e fornecedores (500 milhões de dólares). Em dezembro, a petroleira foi notificada pela reguladora após denúncias de que não havia cumprido as obrigações previstas no contrato de concessão com a própria agência e com as demais empresas consorciadas, a Perenco e Sinochem, nos blocos da Bacia do Espírito Santo. A empresa passou por situação semelhante em janeiro com a QGEP e a Barra Energia afirmaram à ANP que arcaram sozinhas com um pagamento de 73 milhões de reais referente aos campos de Atlanta e Oliva. Em 9 de janeiro, a petroleira informou que efetuou o pagamento da primeira parcela e que cumpriria as obrigações dentro do prazo. Os dois campos são considerados as principais - e últimas - apostas para a sobrevivência da empresa criada por Eike Batista.

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