domingo, 26 de janeiro de 2014

NA QUARTA-FEIRA, A DEPUTADA ESTADUAL PETISTA STELA FARIAS PODE SE TORNAR FICHA SUJA

Será retomado no dia 29, quarta-feira, o julgamento do recurso protocolado pela deputada estadual Stela Farias, do PT do Rio Grande do Sul, contra a decisão do juiz singular do município de Alvorada, que cassou seus direitos políticos por quatro anos, impondo-lhe também uma multa equivalente ao triplo do que ela percebia quando era prefeita  Desde o início do julgamento, Stela Farias está com seus bens bloqueados, inclusive casa e carro. O processo é de improbidade administrativa. Quando prefeita de Alvorada, junho de 2004, Stela Farias investiu R$ 3 milhões de dinheiro do Fundo dos Funcionários, Funsema, quando tinha a assessoria do economista petista Paulo Muzell de Oliveira, no Banco Santos, que todo o mercado financeiro nacional já sabia estar às portas que falência, o que aconteceu quatro meses depois. O banco era o preferido do PT em São Paulo. Ela não tinha autorização legal para fazer isto. Durante o governo Yeda Crusius, a deputada estadual petista Stela Farias foi um dos maiores carrascos da tucana, a quem acusou ferozmente pela prática de improbidade administrativa. Ela foi uma furiosa inquiridora na CPI do Detran, na qual contou com a assessoria do oficial brigadiano Fabio Fernandes (hoje comandante da Brigada Militar), que arapongava para a bancada do PT nos sistemas de segurança do Estado. O recurso da deputada petista foi negado pelo relator, o desembargador José Luiz Pais de Azambuja, mas quando os outros dois juízes iriam falar, o desembargador Eduardo Uhlein pediu vistas do processo. Caso os dois votos faltantes acompanhem o relator, a deputada do PT e ex-prefeita de Alvorada será enquadrada na Lei da Ficha Suja e não poderá disputar a reeleição. Seu nome será inscrito no Cadastro Nacional das Pessoas Condenadas por Ação Civel de Improbidade Administrativa e Inelegibilidades, do Conselho Nacional de Justiça, no qual já figura com destaque o deputado federal gaúcho Alceu Moreira (PMDB). O Banco Santos, que quebrou quatro meses depois do investimento feito por Stela Farias, era o banco preferido do diretório nacional do PT. Na época do negócio, o Tribunal de Contas do Estado já passara informações de que o banco estava bichado, até porque desde 2002 as agências de classificação de risco tinham incluído a instituição na área de risco. Até o momento, o Funsema recuperou R$ 1,2 milhão dos R$ 3 milhões investidos temerariamente em São Paulo. Os prejuízos aos servidores de Alvorada foram de tal magnitude que todos foram obrigados a pagar maior contribuição mensal.

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