domingo, 26 de janeiro de 2014

INVESTIDORES FICAM CÉTICOS DIANTE DO DISCURSO DA PETISTA DILMA EM DAVOS

Em maio de 2013, o empresário paquistanês Arif Naqvi fez uma afirmação contundente sobre o Brasil diante de centenas de investidores e executivos, durante o Simpósio de St Gallen, na Suíça. Em painel sobre mercados emergentes, Naqvi recomendou que investidores não colocassem seu dinheiro no Brasil, citando entraves como burocracia e intervencionismo do governo. O investidor, que também é um dos principais patrocinadores do Fórum Econômico Mundial de Davos, afirmou na sexta-feira, logo após o discurso da presidente Dilma, que terá de "ver para crer" em todos os feitos que a presidente afirmou ter conquistado no campo econômico. "Não é que eu não me interesse pelo Brasil. Eu simplesmente não tenho nenhum investimento lá porque prefiro entrar em outros emergentes mais atrativos", disse Naqvi. O paquistanês é fundador do Abraaj Group, um fundo de private equity sediado em Abu Dhabi que administra 7,5 bilhões de dólares aplicados em ativos em países da África, Ásia e América Latina, como o Peru. Naqvi é exatamente o tipo de investidor alvo da ofensiva do Palácio do Planalto em Davos para atrair capital para investir no Brasil. A estratégia de seu fundo consiste em aplicar no setor produtivo, e não por meio de especulação no mercado financeiro. Em seu discurso, Dilma não quis detalhar quais investidores quer para o Brasil. Não se ateve a filtros, nem explicou que seu governo é extremamente hostil a empresas que não se enquadram na política de conteúdo nacional. A presidente também não disse que quer ver bem longe os investidores especulativos.

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